“Apagão” em São Paulo: AGU acionará Enel por dano moral coletivo

“Estou concluindo uma ação por dano moral coletivo, para que a população de São Paulo seja indenizada por todos os danos causados pela Enel”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias

Equipe InfoMoney

"Apagão" de energia em São Paulo (SP) e na região metropolitana deixou milhões de pessoas sem luz (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
"Apagão" de energia em São Paulo (SP) e na região metropolitana deixou milhões de pessoas sem luz (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

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A Advocacia-Geral da União (AGU) pretende ajuizar uma ação judicial para tentar obrigar a empresa distribuidora de energia elétrica Enel a indenizar a população de São Paulo por prejuízos decorrentes do “apagão” que deixou cerca de 2,3 milhões de consumidores da região metropolitana da capital paulista no escuro em setembro.

“Ela [Enel] vai ter que pagar caro pelos danos sofridos pela população”, afirmou o advogado-geral, o ministro Jorge Messias, ao participar, nesta quinta-feira (31), do programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Estou concluindo uma ação por dano moral coletivo, para que a população de São Paulo seja indenizada por todos os danos causados pela Enel”, revelou Messias. 

O chefe da AGU disse ainda ter pedido informações ao Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor para embasar a ação judicial.

Ao mencionar que o fornecimento de energia elétrica para parte da região metropolitana de São Paulo já tinha sido interrompido em outras ocasiões recentes, como em março deste ano, quando cerca de 2,1 milhões de consumidores foram prejudicados, Messias disse que a Enel “já mostrou sua incompetência várias vezes”.

“O caso da Enel é gravíssimo. É prioritário para o governo federal”, acrescentou Messias. Segundo o AGU, o governo federal vem cobrando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – responsável por regular o setor elétrico brasileiro – para que cumpra seu papel e fiscalize a atuação da Enel.

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“É inadmissível. Toda a população de São Paulo ficou submetida à incompetência e ineficiência desta empresa privada, concessionária de um serviço público essencial, regulado pela Aneel, que tem diretores com mandato e autonomia”, completou o ministro.  

(Com Agência Brasil)