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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, atualmente no PSDB, poderá deixar o partido para concorrer ao Planalto em 2022. Essa é a análise da maioria dos analistas ouvidos para a edição de fevereiro do Barômetro do Poder.
Para 54% dos especialistas, as chances de que Leite deixe o partido, que escolheu o governador de São Paulo João Doria para a chapa ao Planalto, são altas. Apenas 8% consideram que as probabilidades são baixas, enquanto 38% dizem serem neutras.
Em uma escala que vai de 1 (chances muito baixas) a 5 (chances muito altas), a média apurada foi de 3,46 entre os analistas políticos consultados. Produzido mensalmente pelo InfoMoney, o Barômetro compila avaliações e expectativas de consultorias de análise de risco político e de analistas independentes sobre assuntos em destaque na agenda política nacional.
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A média revela uma tendência de considerar a chance de desembarque de Leite entre regular e alta. A possibilidade tem sido aventada desde que o senador Rodrigo Pacheco, pré-candidato pelo PSD, indicar que poderia desistir de concorrer, deixando a vaga em aberto.
Após perder nas prévias tucanas, a ideia de levar adiante a pré-candidatura de Leite à presidência ganhou fôlego diante de negociações envolvendo uma possível filiação sua ao PSD, de Gilberto Kassab. Especialistas afirmam que as conversas para a entrada do governador gaúcho no partido estão avançadas.
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A filiação ao PSD, entretanto, pode esbarrar em um problema: Kassab tem considerado a ideia de aderir à federação que será formada em torno do PT, do ex-presidente Lula, o que poderá inviabilizar a candidatura de Leite.
Com o aceno da legenda de Kassab, cresce a pressão sobre Doria, que não tem conseguido melhorar os índices de intenção de voto nas pesquisas. O governador paulista tem 3% dos votos, segundo pesquisa Ipesp contratada pela XP Inc. e divulgada nesta sexta-feira (25). Ele está empatado dentro da margem de erro com Sergio Moro (Podemos), que tem 8%, e Ciro Gomes (PDT), com 7%. A margem é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
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Nesta semana, o presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional no governo Doria, disse à CNN Brasil não acreditar na saída de Leite do partido, afirmando conhecê-lo desde a juventude. “Não acredito na saída de Eduardo Leite, ele está há cerca de 20 anos no PSDB, eu conheço ele desde a juventude do partido, ele tem uma trajetória, o partido sempre trabalhou muito por ele e acredito na coerência do seu trabalho”, afirmou. “Confio que Eduardo Leite fica no PSDB e terá um futuro brilhante pela frente, dentro do partido”.
A edição 33 do Barômetro do Poder foi realizada entre os dias 21 e 23 de fevereiro, com questionários aplicados por meio eletrônico. Foram ouvidas 10 casas de análise de risco político (Prospectiva Consultoria, Eurasia Group, Control Risks, Medley Global Advisors, Patri Políticas Públicas, BMJ Consultores Associados, XP Política, Ponteio Política, Empower Consultoria e Pulso Público) – e 3 analistas independentes: Carlos Melo (Insper), Claudio Couto (EAESP/FGV) e Thomas Traumann.
Conforme acordado previamente com os analistas, os resultados do levantamento são divulgados apenas de forma agregada, sendo preservado o anonimato das respostas e comentários.
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