Analistas apostam em Rui Costa para Economia em eventual governo Lula

Sugestões de nomes para assumir a pasta dividiram entrevistados, mas maioria acredita que governador da Bahia poderá ficar com o cargo

Gabriel Toueg

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Com as pré-candidaturas à Presidência da República tomando forma e as bolsas de apostas especulando nomes para compor governos de cada um dos competidores ao Palácio do Planalto, uma nomeação está ainda dividindo analistas: a do chefe da Economia sob um eventual novo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O petista já disse desejar uma nomeação política, alguém “com boas relações com o Congresso”, mas, segundo colunistas, não revela suas preferências nem mesmo entre correligionários mais próximos, ampliando as especulações no mercado, que tem pressionado o PT.

Mas para os analistas de risco político ouvidos pelo InfoMoney para a edição de abril do Barômetro do Poder, o nome mais mencionado vai exatamente nessa direção: o do governador da Bahia, Rui Costa.

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A maioria (31,3%) das respostas espontâneas dos analistas aponta para o nome de Costa para o Ministério da Fazenda. Economista, o governador baiano foi também citado em conversas com interlocutores do mercado pelo ex-ministro José Dirceu, da Casa Civil sob Lula, como sua aposta para o posto.

O senador baiano Jaques Wagner e o deputado cearense José Guimarães também já ventilaram a possibilidade de que o cargo fique com Costa, citando o ajuste fiscal feito por ele no governo baiano.

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Atrás de Rui Costa como favoritos nas apostas para assumir o Ministério vêm o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (12,5% das respostas), que concorre ao governo paulista, e – empatados com 6,3% cada um – o economista André Lara Resende, o ex-governador petista do Ceará Camilo Santana, o economista Gabriel Galípolo, que tem buscado reduzir tensões entre o setor financeiro e Lula, e o presidente da Fiesp, Josué Gomes.

Outros dois ex-governadores petistas, Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí), que já foram mencionados como possíveis nomes, também foram citados entre os analistas ouvidos pelo Barômetro do Poder, também com 6,3% cada um.

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Apesar das apostas, uma parcela grande das respostas (18,8%) aponta para a preferência de não opinar sobre a questão ou sugerem que ainda não há um nome definido para a Fazenda de um governo petista a partir de 2023. Como a pergunta tem respostas espontâneas (não estimuladas), cada respondente apresentou nenhuma, uma ou mais nomes/opções.

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Divergências na campanha petista

Recentemente, o PT anunciou a saída do marqueteiro Augusto Fonseca do comando da comunicação da campanha de Lula ao Planalto. Embora especialistas acreditam que isso expõe divergências no partido, para a maior parte dos analistas ouvidos nesta edição do Barômetro do Poder a probabilidade de que essas divergências contribuam para a queda nas intenções de voto em Lula e na diferença entre o petista e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), é “baixa” (43%) ou “muito baixa” (36%).

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Apenas 7% disseram ver como “altas” as chances de que as rusgas impactem de forma negativa a campanha petista, e 14% disseram ser “neutras”.

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A edição 35 do Barômetro do Poder foi realizada entre os dias 26 e 28 de abril, com questionários aplicados por meio eletrônico. Foram ouvidas 10 casas de análise de risco político – BMJ Consultores Associados, Control Risks, Dharma Political Risk & Strategy, Empower Consultoria, Eurasia Group, Medley Global Advisors, Patri Políticas Públicas, Prospectiva Consultoria, Pulso Público, Tendências Consultoria Integrada – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe), Cláudio Couto (FGV EAESP), João Villaverde (FGV-SP) e Thomas Traumann.

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Conforme acordado previamente com os analistas, os resultados do levantamento são divulgados apenas de forma agregada, sendo preservado o anonimato das respostas e comentários.