Aliados de Lula e Bolsonaro aprovaram mudança; Mercadante nega beneficiamento

Mudança reduz prazo de quarentena para indicados a posições em estatais que tenham ocupado estrutura decisória de partido ou participado de campanhas

Estadão Conteúdo

O plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)
O plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)

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Deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) votaram a favor do projeto que beneficia indicações políticas do PT e de outros partidos para cargos em estatais.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente e rival político do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e as deputadas Carla Zambelli (PL-SP), Flávia Arruda (PL-DF) e Tereza Cristina (PP-MS) – as duas últimas ex-ministras de Bolsonaro – também votaram a favor.

Da bancada petista, 46 dos 52 deputados registrados no painel votaram a favor, entre eles José Guimarães (PT-CE), aliado de Lula e cotado para ser líder do futuro governo na Câmara, o ex-presidente do partido Rui Falcão (PT-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da casa legislativa. O deputado Marcon (PT-RS) foi o único da sigla a votar contra.

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Republicanos (32 dos 40) e PP (32 dos 50), que fizeram parte da coligação de Bolsonaro, também deram maioria dos votos favoráveis para que a lei seja flexibilizada. Embora tenham sido adversários de Lula durante a campanha, os partidos já miram espaços no futuro governo do petista. União Brasil (36 dos 50), PSD (29 dos 45) e MDB (19 dos 35) também garantiram o apoio da maioria das bancadas.

Mercadante nega que mudança de lei seja para favorecê-lo

A assessoria de Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES, negou que o caso dele se enquadraria na atual Lei das Estatais. “Mercadante não exerceu qualquer atividade de organização, estruturação ou realização da campanha”, afirmou.