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O vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (10) que as medidas do governo federal para reduzir os preços dos alimentos não terão efeitos imediatos nas prateleiras dos supermercados, mas prevê uma redução gradual.
Em entrevista à rádio CBN, Alckmin reconheceu que o aumento dos preços tem sido uma preocupação para o governo, ressaltando que fatores como quebras de safra devido ao clima, como no café, e a alta do dólar foram determinantes para o aumento dos preços.

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No entanto, o vice-presidente mostrou-se otimista, destacando que a tendência é de queda nos preços, já que a cotação do dólar caiu e o Brasil deve registrar uma safra recorde.
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“Isso não é em 24 horas”, ponderou Alckmin, deixando claro que a queda nos preços para os consumidores será gradual.
Para tentar um impacto mais rápido nos mercados, o governo federal decidiu zerar o imposto de importação de produtos como carnes, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos, massas e outros itens. A medida visa reduzir os preços e aliviar a pressão inflacionária sobre a população, especialmente os grupos mais vulneráveis.
Além disso, Alckmin reforçou o pedido para que os estados isentem o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos da cesta básica.
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“Nós entendemos a realidade de cada estado, por isso não é obrigatório, é uma proposta. E também não precisa zerar todos. Pode, de repente, eu vou pegar ovo e zerar o ICMS durante um período. Isso vai passar”, sugeriu o vice-presidente.
Segundo Alckmin, a proposta não será obrigatória, mas seria uma forma de ajudar a aliviar a pressão sobre os consumidores.
“Eu não posso reduzir todos os ICMS, mas eu posso de algum produto, o que puder fazer, ajuda”, afirmou. Ele ressaltou que, quando o dólar se mantiver nesse patamar e o clima melhorar, a situação será transitória e, portanto, não haverá necessidade de reduções permanentes.
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Alckmin também afirmou que o governo não pretende tributar exportações do agronegócio, em resposta a declarações de que o governo federal poderia adotar medidas mais drásticas caso os preços não caíssem.
“Não haverá nenhuma heterodoxia, né, ‘olha, vão tributar exportação’, não tem nada disso”, frisou o vice-presidente.