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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), voltou a criticar, nesta terça-feira (9), o patamar atual da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, hoje em 10,5% ao ano.
Alckmin conversou com a imprensa após participar de um evento promovido pelo Sebrae, em Brasília (DF).
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O vice-presidente, que é o presidente em exercício do país com a viagem oficial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Bolívia, também reclamou do comportamento de parte do mercado financeiro, que, segundo ele, tem se “estressado” sem justificativa para tal.
“Tem três fatores que devemos observar: risco-Brasil, inflação e taxa de desemprego. Os três caíram. A inflação está abaixo de 4%. O que cresceu foram o emprego, a renda e o PIB”, afirmou Alckmin.
“Se olharmos o tripé macroeconômico, o câmbio é flutuante. Do mesmo jeito que subiu, ele reduz. Ele tem oscilações e deve ser flutuante mesmo. Acredito que vai cair mais. A tendência é que caia mais. É que o mercado é estressado. Mas não tem nenhuma razão para ter ido ao patamar que foi”, disse o presidente em exercício, em referência à série recente de altas da cotação do dólar frente ao real.
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“A reforma tributária vai simplificar, desonerar investimento e desonerar importação. Ela vai ajudar e trazer eficiência econômica. Os juros estão altos, mas tenho confiança de que vão cair. Não há razão para você ter a segunda taxa de juros do mundo”, prosseguiu Alckmin. “Temos confiança de que isso é transitório e a tendência dos juros é cair.”
Em sua fala aos jornalistas, Alckmin reiterou o compromisso do governo Lula com o cumprimento das metas fiscais – a desconfiança em relação a esse compromisso foi um dos motivos para a disparada recente do dólar e a desvalorização do real.
“O governo tomou duas medidas importantes. O presidente Lula deixou claro que tem compromisso com o arcabouço fiscal e compromisso com déficit primário zero. E o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad ainda fez mais: disse que vai zerar o déficit e cumprir o arcabouço fiscal melhorando a eficiência do gasto público, cortando pelo lado da despesa”, concluiu Alckmin.