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Operações de SWAP, em que duas partes trocam riscos ao definirem em contrato rentabilidades de dois ativos ou mercadorias diferentes para um determinado período, não são uma novidade. No mundo dos derivativos, é uma das estratégias de mitigação de riscos mais conhecidas. O que é inovador em uma operação fechada pela XP Empresas no último mês é a utilização do SWAP para reduzir o impacto do aumento salarial na estabilidade do desempenho de uma empresa, a JDC, que atua como prestadora de serviços na área de tecnologia da informação (TI).
A utilização de operações de SWAP atreladas à folha de pagamento, explica Felipe Muniz, da XP Empresas, pode ser importante no cenário atual, marcado pela incerteza nas expectativas de inflação.
“O momento é de imprevisibilidade nos níveis de preço e a inflação é fator determinante nos reajustes salariais. Nossa missão é trazer soluções que buscam ajudar os nossos clientes a enfrentarem situações incertas como estas com resiliência e estabilidade financeira”, comenta Muniz, citando fatores inflacionários como a potencial volta do ICMS nos combustíveis, a injeção de liquidez na economia via políticas de distribuição de renda e ainda o cenário global de aversão ao risco relacionado à guerra na Ucrânia, também com reflexos globais em commodities e em moedas.
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A operação de SWAP fechada com a JDC consiste na troca do indexador de inflação (IPCA) por outro indexador de juros, sendo as taxas acordadas entre as partes.
Para calcular o percentual estimado de ganho real nos salários, foi feito um estudo dos últimos reajustes das categorias de profissionais que trabalham na JDC.
“Sem que a empresa tenha que desembolsar qualquer valor, ela protege seu balanço contra a volatilidade no aumento na folha salarial. Ao final do contrato, como em qualquer operação de SWAP calculamos a diferença financeira entre os indexadores escolhidos e é feito o ajuste entre as partes”, explica o executivo da XP Empresas.
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O sócio da JDC, Marcelo Penna, destaca a relevância da solução proposta pela XP Empresas para reduzir o impacto dos reajustes salariais.
“Como somos prestadores de serviço, 90% dos custos são com o pagamento de salários. Se eu erro 2% ou 3% na estimativa de custos posso comprometer minha margem de ganho nas operações”, explica o executivo, citando que nos últimos três anos os aumentos salariais passaram de 2% a 3% para 10% e, no último acordo, ficou em 8,82%.
“Com o SWAP atrelado à folha salarial estou protegendo a empresa em seu principal custo, a mão de obra”, completa Penna.
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Felipe Muniz, da XP Empresas, explica que a utilização do SWAP atrelado à folha de pagamento pode ser útil às empresas de qualquer porte ou setor.
“É uma operação que traz maior previsibilidade de custos atrelados à mão de obra, reduz a volatilidade desta linha no balanço. A inovação é parte do nosso DNA, não ficamos presos a soluções de prateleira. Nosso trabalho é entende a realidade do cliente e propor alternativas”, conclui Felipe Muniz.