Os segredos da S6 Investimentos para caminhar rumo ao primeiro bilhão

Empreender é sempre um movimento que exige um certo apetite a risco, resiliência e planejamento. Em muitos casos, é o desejo de pôr as próprias convicções à prova que move e que motiva estes profissionais. Este risco é consideravelmente maior se o candidato a empresário deixa para traz uma carreira consolidada e estável em um banco para se jogar no mar aberto da competição por clientes.

Foi esta a grande aposta de seis profissionais de um grande banco que deixaram a estabilidade de lado, montaram a S6 Investimentos em setembro de 2019 e souberam aproveitar a volatilidade dos mercados em 2020 para provar um dos pilares da proposta de valor que pretendiam oferecer: proximidade com o cliente.

Os números da breve história da S6, escritório credenciado junto à XP Investimentos, mostram que uma boa dose de ousadia pode dar bons resultados. Em pouco mais de 24 meses, a casa já tem R$ 700 milhões sob custódia, 1 filial constituída em Araçatuba/SP, uma em criação em São Carlos/SP (previsão de inauguração final de 02/2022), e conta com 25 profissionais dedicados, entre AAIs e colaboradores operacionais, 600 clientes alta renda, private, e pessoas jurídicas, e um tíquete médio atual de R$ 1,1mm, que caminha para R$ 1,5 milhão por cliente em 2022.

“Trabalhávamos todos no Private nesse banco, e acreditávamos que havia uma grande oportunidade ao alinhar os objetivos de fazer o que amamos, ser melhor remunerado por isso, e preservar as conquistas dos nossos clientes. Assim, o cliente poderia ser mais bem atendido com ofertas adequadas de produtos e serviços ao seu perfil. Acompanhamos o movimento de migração de clientes para a XP e tínhamos vontade de fazer diferente, com metas de qualidade no atendimento ao cliente e não na oferta de produtos – o cliente é o centro do trabalho, não o produto ou a meta do dia”, lembra Gabriela Barssottini, sócia fundadora da S6.

Ela largou 16 anos em um grande banco e se jogou no projeto em meio a uma separação e com três filhos pequenos. “Todos falavam que era uma loucura, mas eu e meus sócios estávamos convictos que era possível.”

Time qualificado e com diversidade de perfis

Parte do rápido sucesso do S6 Investimentos, na visão de Gabriela, é fruto de uma equipe altamente qualificada e com diversidade. Dos seis sócios, quatro são mulheres, o que já é raro no mercado financeiro.

No processo de montagem da equipe, os sócios têm estratégias para evitar o chamado viés subjetivo, que acaba privilegiando homens e os mais jovens.

“As mulheres precisam de espaço no mercado financeiro, assim como pessoas altamente qualificadas e mais velhas que acabam sendo postas de lado apenas pela idade”, explica Gabriela se referindo à filosofia da S6, que tem o colaborador mais jovem com 22 anos e o mais velho com 56.

Mais de 90% dos assessores atualmente possuem a certificação CFP, altamente reconhecida no ramo Private. “É uma equipe que atua bem próxima dos clientes, faz a curadoria dos produtos e acompanha as carteiras. Isto em 2020 foi essencial para não apenas sobrevivermos mas para crescer em meio à instabilidade dos mercados.”

Além de um ambiente marcado por diversidade, outra demanda atual da sociedade é por empresas com propósito, outra marca do S6 Investimentos.

S6 Mulheres

A importância de educar as mulheres sobre investimentos, para que elas assumam as decisões sobre quando e onde colocar o próprio dinheiro, é uma bandeira do escritório. Uma das sócias Fernanda Alendouro propôs a criação do projeto S6 Mulheres, ideia abraçada por todos.

“A gente tenta trazer para o universo das mulheres o tema investimento. Elas trabalham, dividem as contas da casa, mas quem decide onde o dinheiro dela será investido é um homem, o marido, pai”, lamenta Gabriela, explicando que é preciso criar a cultura do investimento no ambiente feminino.

“Nós fazemos lives para as mulheres falando de investimento e também de temas de interesse e importantes, como o câncer de mama.”

Os planos da S6 Investimentos são ousados e com metas já definidas para 2022. Voltado para a alta renda e pessoa jurídica, a abertura inicial de conta continua com ticket inicial de R$ 300 mil, mas já temos notado que o ticket inicial já subiu para R$ 600 mil no último ano nas novas ativações.

“Isto é importante para seguir crescendo com qualidade no atendimento. Já temos 15% dos nossos clientes com potencial perfil private da XP, que prevê atendimento para custódia acima de R$ 10 milhões, e efetivamente já detemos 3% de nossa base de clientes com esse perfil”, explica a sócia.

Há seis meses, o escritório montou uma mesa de renda variável, que deve expandir. Sobre o volume sob custódia, os planos são de chegar a R$ 1 bilhão no meio do ano que vem e fechar 2022 com R$ 2 bilhões.

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