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A abertura do mercado brasileiro de energia elétrica, que dá ao consumidor o direito de escolher de quem comprar a energia que utiliza, gerou oportunidades para novos negócios no País – e alguns deles vêm crescendo em ritmo acelerado. Um exemplo é a Matrix Energia, empresa que foi criada em 2014, como uma comercializadora de energia, vem acompanhando as novas fases da abertura de mercado e ampliando sua oferta de serviços.
Hoje, atua também na geração distribuída de energia a partir fontes renováveis e na oferta de soluções tecnológicas para ajudar seus clientes a usar o recurso de forma mais racional, segura e econômica, incluindo o armazenamento de energia em baterias.
Em uma década, a Matrix passou de um pequeno negócio com vinte colaboradores para uma empresa em franco crescimento, com uma equipe de mais de 300 pessoas, faturamento de R$ 2 bilhões e patrimônio líquido de R$ 1,1 bilhão. Nesse período, gerou R$ 1,6 bilhão de economia na conta de energia para seus clientes. Essa trajetória foi contada pelo CEO da empresa, Rubens Misorelli Filho, no programa Do Zero ao Topo especial, patrocinado pela Matrix.
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Segundo ele, a jornada de crescimento da Matrix no Brasil está apenas começando. Desde janeiro, lembrou o executivo, o direito de migrar para o mercado livre foi estendido ao grupo tarifário A4, que reúne mais de 100 mil consumidores, dos quais somente 10 mil fizeram essa opção até o momento. E a previsão é que outros 80 milhões de clientes, que pertencem ao grupo B, sejam beneficiados até o final da década. “O que o Brasil viveu até agora em abertura do setor elétrico ainda é muito pouco perto do que há por vir”, ressalta Misorelli.
Saiba mais sobre como sua empresa pode aproveitar o mercado livre de energia.
Da Europa para o Brasil
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A Matrix é controlada pelo grupo suíço Duferco através da sua subsidiária DXT International, que detém 50,01% do capital da empresa. O grupo atua intensivamente nos mercados de comercialização de energia e gás na Europa, onde a liberalização do mercado de energia começou mais cedo e é mais avançada do que em muitos outros lugares do mundo.
Embora tenha uma posição especialmente relevante na Itália, observa Misorelli, as ambições do grupo são maiores do que sua atual participação no mercado europeu. Isso motivou a Duferco a investir e expandir sua atuação para o Brasil através da Matrix, buscando replicar e adaptar suas estratégias europeias em um mercado emergente e dinâmico, com um enorme potencial de crescimento dada a abundância de recursos naturais e renováveis do país.
O Brasil, ele ressalta, é reconhecido por ter um dos ventos mais rápidos do mundo, além de uma das melhores insolações, fatores ideais para a geração de energia eólica e solar. Além disso, possui uma área equivalente a todo o território europeu, que está amplamente conectada por redes de distribuição.
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A trajetória da Matrix é marcada por uma evolução contínua desde sua origem como comercializadora de energia até se tornar uma plataforma integrada de soluções energéticas. Inicialmente, a empresa focava na compra de energia de agentes de mercado e a revendia. Nessa fase, lembra o CEO, os desafios incluíam a navegação em um mercado altamente competitivo, onde a sobrevivência e o crescimento dependiam de estratégias eficazes de compra e venda.
Salto quântico
À medida que o mercado de energia renovável no Brasil começou a se expandir, a Matrix viu uma oportunidade de crescimento. A empresa então evoluiu para se tornar uma fornecedora de soluções de energia mais complexas e diversificadas, começando a comprar energia de projetos de geração de energia renovável, em sintonia com as tendências globais de sustentabilidade.
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Nos últimos anos, conta Misorelli, a Matrix começou a se orientar para o varejo de energia, expandindo sua oferta para incluir soluções para consumidores de baixa tensão, incluindo pessoas físicas e desenvolvendo usinas de geração distribuída. Essa mudança estratégica foi acompanhada por novos desafios, como a necessidade de se adaptar às necessidades específicas dos consumidores de baixa tensão e de construir infraestrutura para suportar a geração distribuída. A empresa também começou a aplicar tecnologias avançadas, como sistemas de armazenamento de energia em bateria (BESS), para garantir uma fonte segura e sustentável de energia aos seus clientes.
“Em 2022, quando percebemos que estávamos inseridos num mercado que tinha mais ou menos 20 mil consumidores e que iria haver, de fato, uma primeira abertura que ia permitir que nós atendêssemos até 100, 150 mil consumidores, aquilo era, para nós, um salto quântico”, lembra Misorelli. “Então, a gente precisou promover uma reengenharia da empresa e prepará-la para ir para um ambiente mais próximo de varejo.”
A abertura do mercado de energia no Brasil teve início no final da década de 1990, quando grandes consumidores de alta tensão, com contas de dezenas de milhões de reais, passaram a ter o direito de escolher seus fornecedores. Desde então, esse direito vem sendo ampliado gradualmente. No início de 2024, passou a englobar consumidores de média tensão.
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Paralelamente, alguns grupos de consumidores de baixa tensão, incluindo empresas, condomínios e pessoas físicas, agora também podem economizar na conta de luz ao participar de consórcios, cooperativas e associações
de geração compartilhada. Foi para acompanhar esse movimento que a companhia passou a atuar em geração distribuída.
Segundo o CEO, a Matrix presta um serviço que combina comercialização com consultoria, ajudando os clientes a mudar seu perfil de consumo para aproveitar melhor os benefícios da energia renovável e reduzir seu gasto com energia. O objetivo, ele sublinha, vai além da economia financeira, considerando também o valor agregado e o impacto ambiental das soluções energéticas oferecidas aos clientes.
“A forma como aquela energia chega, o atributo que ela entrega, eventualmente, de retirar carbono da matriz energética, de eventualmente proporcionar a ele um certificado de energia renovável, de aumentar a eficiência na forma de usar a energia, tem tanto valor quanto a economia”, conclui o CEO da Matrix.