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(Bloomberg) — Goldman Sachs Group e Pacific Investment Management lideram um movimento por direitos iguais quando se trata de administrar fundos de índices atrelados ao desempenho do mercado global de títulos de renda fixa.
Além de Pimco e Goldman, OppenheimerFunds e Nuveen Fund Advisors também pediram à comissão de valores mobiliários dos EUA (SEC) maior flexibilidade na construção de fundos negociados em bolsa (exchange-traded funds ou ETFs) que acompanham índices. Se tiverem aprovação, essas instituições ficariam em pé de igualdade com três pioneiras em ETF: Vanguard Group, State Street e a unidade iShares da BlackRock.
As ações representam quase 80 por cento dos ativos de ETFs, mas os títulos são a próxima fronteira de crescimento, de acordo com o presidente da BlackRock, Larry Fink. Como é mais difícil localizar e negociar títulos do que ações, gestoras de recursos pedem que a SEC relaxe restrições impostas aos ETFs vinculados a índices, que se tornaram o veículo de maior expansão para investimentos em ações.
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“O verdadeiro ímpeto para isso veio do pessoal da área de dívida”, explicou Kathleen Moriarty, advogada do escritório Chapman & Cutler que, no início da década de 1990, ajudou a obter aprovação para o primeiro ETF dos EUA, chamado SPDR S&P 500 ETF Trust. Administrar um ETF de índice “fica mais difícil com títulos, especialmente em se tratando de qualquer coisa que não seja título do Tesouro” americano.
BlackRock, Goldman e Oppenheimer, todos sediados em Nova York, se recusaram a comentar, assim como a Pimco, de Newport Beach, na Califórnia, e a Nuveen, de Chicago.
Mudança interna na SEC
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Talvez seja um bom momento para convencer a SEC a diminuir restrições. Jay Clayton, indicado pelo presidente Donald Trump neste ano para comandar a agência, fez carreira como advogado representante de firmas de Wall Street, incluindo o Goldman. A expectativa é que ele amenize regras que, na visão dele próprio, limitam o crescimento dos empregos e a formação de capital. Em setembro, Clayton nomeou Dalia Blass, especialista em ETFs do escritório de advocacia Ropes &
Gray, para chefiar a divisão de gestão de investimentos da SEC, área que supervisiona a indústria de fundos.
Edward Baer, da Ropes & Gray em São Francisco, representa todas as quatro instituições que solicitaram a revisão para ETFs. Baer não retornou telefonemas da reportagem solicitando comentário.
Nos EUA, os ETFs têm aproximadamente US$ 3,2 trilhões em ativos, sendo US$ 2,5 trilhões em ações e US$ 566 bilhões em instrumentos de dívida, segundo dados compilados pela Bloomberg. O último valor representa apenas 1 por cento dos títulos globais em circulação, mas em entrevista à Bloomberg News em 3 de outubro, Fink previu que os ETFs representarão 15 por cento do mercado de renda fixa dentro de cinco anos.
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“Acreditamos que os ETFs terão papel cada vez maior nos títulos”, disse Fink. Um dos motivos é que administrar títulos individuais “ainda é incrivelmente complicado”.
A State Street obteve aprovação para montar o primeiro ETF dos EUA no início da década de 1990. A iShares recebeu sinal verde em 1996, quando ainda fazia parte do banco britânico Barclays. Com o setor ainda engatinhando, os primeiros a chegar ganharam a benção da SEC para administrar ETFs de maneira mais flexível do que quem pediu permissão mais tarde.