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Embora os investidores mexicanos venham aumentando lentamente a exposição a ativos internacionais por meio de fundos negociados em bolsa (ETFs), a maioria dos investimentos ainda se concentra no México.
Permanecer no país pode parecer uma aposta mais segura para os investidores, mas essa preferência por produtos locais pode limitar as possíveis oportunidades de rendimento.
O problema dos investimentos com viés nacional
Optar única ou majoritariamente por ativos locais é uma tendência conhecida como investimento com viés nacional.
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Alguns investidores tendem a escolher essa estratégia por considerarem que investir no exterior é complicado e dispendioso ou por preferirem investir em algo com que já estejam familiarizados.
Contudo, pode haver grandes desvantagens relacionadas a investimentos com viés nacional, pois estes limitam o acesso dos investidores a um amplo universo de possibilidades de investimento.
Os ativos mexicanos constituem menos de 1% dos índices de renda variável global e renda fixa, o que destaca a grande quantidade de oportunidades disponíveis para quem está disposto a expandir os horizontes de investimento para além dos limites de seu país.
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Em um dos maiores índices de mercado de renda variável global, o MSCI ACWI Index, o México representa somente em torno de 0,3%.
Como atenuar o risco?
Três portfólios teóricos
Para exemplificar a forma como até mesmo uma pequena distribuição em um portfólio de produtos internacionais pode afetar os ganhos e as perdas, imagine uma série de três portfólios teóricos, cada um com uma divisão em partes iguais entre ações e títulos, mas com diferentes graus de exposição internacional.
No primeiro, investe-se totalmente em ativos mexicanos; uma metade em renda fixa local e a outra metade em renda variável local.
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No segundo, apenas 5% são transferidos de uma aplicação de renda fixa mexicana para títulos do Tesouro dos EUA em curto prazo, e o restante permanece igual.
No terceiro, a distribuição de renda fixa permanece completamente local, mas 10% da renda variável local são transferidos para o índice de renda variável global ACWI da MSCI.
Quando se submete cada um dos portfólios a uma prova de resistência de ganhos e perdas aplicando os colapsos históricos do mercado, tal como o colapso do mercado em 2008, os três apresentam perdas.
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No entanto, embora os três mostrem impacto negativo, aqueles com distribuições globais apresentam perdas significativamente menores que os que investem unicamente em ativos nacionais (consulte o gráfico Ganhos e perdas: cenários de riscos históricos).
Ganhos e perdas: cenários de riscos históricos
Contribuição para o risco por fatores de risco
Amortecer os colapsos do mercado não é o único possível benefício dos investimentos internacionais.
Quando os mercados têm bom desempenho, também proporcionam aos investidores a possibilidade de aumentar as expectativas de rendimento ao oferecer aos portfólios exposição a mercados e economias que crescem em ritmos mais acelerados e a diferentes divisas, como o dólar, que aumentam o fator de diversificação.
Distribuir o risco por vários mercados internacionais diferentes funciona como uma importante técnica de gestão do risco.
Os investidores diversificam os portfólios de forma mais efetiva, além de possivelmente ajudarem a manter baixa a volatilidade no longo prazo. Isso ocorre porque quando alguns mercados estão em baixa, outros podem estar em alta, o que ameniza o impacto de qualquer oscilação do mercado.
Como globalizar-se com ETFs?
Investir em ETFs globais é uma maneira fácil de os clientes obterem acesso a uma ampla variedade de índices internacionais que englobam uma variedade de classes de ativos, seja por meio de ETFs direcionados a um país ou a várias regiões.
Os ETFs que têm ganhado terreno entre os investidores mexicanos incluem o iShares Short Treasury Bond ETF, que oferece exposição a títulos do Tesouro dos EUA, os quais têm vencimento em menos de um ano.
Outro ETF popular é o iShares $ Short Duration Corporate Bond UCITS ETF, que oferece aos investidores acesso a um amplo índice de títulos denominados em dólares, que são emitidos por empresas e bancos e têm vencimento em menos de cinco anos.
Os investidores podem também adquirir ETFs que monitoram índices de renda variável global, entre eles o S&P 500 nos EUA ou o FTSE 100 no Reino Unido.
Ao adquirir participação nesses ETFs, os investidores mexicanos têm a oportunidade de, possivelmente, beneficiar-se do aumento dos preços das ações de empresas, que incluem marcas globais como Apple, Microsoft, Amazon e Facebook, que, de outra forma, se perderiam ao investir unicamente em nível nacional.
Esses índices específicos do país permitem que os investidores obtenham uma visão do possível desempenho de uma economia em particular.
Outros ETFs permitem que os investidores monitorem índices que têm um alcance geográfico mais amplio, como o iShares Core MSCI EAFE ETF, que engloba empresas de todos os portes da Europa, Austrália, Ásia e Extremo Oriente, inclusive a automotiva japonesa Toyota e o grupo de alimentos e bebidas suíço Nestlé. Os ETFs de várias regiões permitem que os investidores se beneficiem quando os mercados estão em alta em nível global.
É preciso pensar de maneira diferente
Os portfólios diversificados com exposição internacional oferecem aos investidores a oportunidade de se beneficiarem dos auges econômicos em outros mercados e, em geral, são menos voláteis que os portfólios que investem unicamente em ativos nacionais.
O fato de afastar-se de investimentos com viés nacional para realizar uma distribuição internacional não só aumenta a diversificação, mas também proporciona uma maneira estratégica de se proteger contra riscos adicionais e amortece os impactos negativos dos mercados.
Ao complementar os investimentos nacionais com ativos internacionais, os consultores podem ajudar os clientes a construírem portfólios equilibrados. Aja hoje mesmo e saiba como os ETFs globais podem ajudar seus clientes a alcançarem as metas de investimento no longo prazo.