SÃO PAULO – Impulsionado principalmente pela carteira de ações, especialmente as do mercado americano, o fundo Verde encerrou abril com valorização de 8,61%, contra variação de 0,28%, do CDI, e alta de 10,25%, do Ibovespa.
Em sua carta mensal aos cotistas, a gestora de Luis Stuhlberger, que vinha apostando em uma retomada mais rápida que o esperado dos preços dos ativos, sinalizou uma dúvida sobre o ritmo de recuperação já visto neste último mês: será que os mercados não andaram muito à frente da economia real?
Embora siga com uma visão “bastante construtiva” para o médio prazo, a Verde contou ter reduzido marginalmente, ao fim do mês, as alocações no mercado americano, sem dar mais detalhes da decisão.
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Ao comentar as pesquisas envolvendo medicamentos para o combate do coronavírus, a gestora afirmou que o noticiário tem evoluído e que espera que um arsenal seja construído ao longo dos próximos meses para atacar a doença de diversas maneiras, e permitir uma ponte até a obtenção de uma (ou mais) vacinas.
A visão sobre a situação brasileira, contudo, é diferente, com a demora nos testes levando à conclusão de que as informações são pouco precisas. Há ainda preocupação com o quadro político e fiscal, que pesa sobre a decisão de investimento.
“Junta-se a isso toda a confusão política recente, em meio à deterioração do cenário fiscal e de dívida no curto e médio prazo, e não surpreende a alta do dólar, a inclinação recorde da curva de juros, a alta dos spreads de crédito, e a fraqueza – com algumas exceções – do mercado acionário. Nessa neblina de incertezas, fica mais difícil alocar mais capital”, diz a Verde, na carta.
No acumulado do ano, o fundo Verde tem perda de 6,76%, frente à variação de 1,30% do CDI e à queda de 30,39% do Ibovespa.
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