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Ter uma renda maior do que o seu salário atual na aposentadoria parece impensável, mas não é impossível se você tem muitas décadas pela frente até se aposentar e um bom dinheiro para investir no Tesouro RendA+ agora, um momento em que as taxas de juros reais (descontada a inflação) estão no maior patamar da história.
Um exemplo para dar uma ideia da dimensão desse retorno: vamos supor que você tenha 25 anos e R$ 238,9 mil. Se aplicar esse dinheiro no Tesouro RendA+ 2065, que nesta quinta está pagando IPCA+ 7,3%, receberá R$ 30.000 por mês ao longo de 20 anos a valores de hoje, já que o papel corrige a inflação do período.
Após 240 meses, você terá recebido R$ 7,2 milhões, um rendimento de 2.913%. Isso só vai acontecer daqui a 40 anos, mas o seu eu do futuro agradece. Se investir R$ 119,4 mil no mesmo papel em quatro décadas, receberá uma renda nada desprezível de R$ 15.000 por mês por 20 anos.
Agora, vamos imaginar que você está com 45 anos e tem mais 20 anos até a aposentadoria. Se tem um pé de meia de R$ 969,7 mil e investir no RendA+ 2045, que também paga 7,3% nesta quinta, receberia os mesmos R$ 30 mil por mês ao longo de 20 anos a valores de hoje. Com um valor bem menor, R$ 484,8 mil, teria uma renda de R$ 15 mil por mês com o mesmo papel.
O RendA+ é o programa complementar de aposentadoria do Tesouro Nacional em que o investidor compra títulos de longuíssimo prazo e recebe o dinheiro de volta, em valores de hoje, em 240 parcelas mensais consecutivas a partir do vencimento.
Esse dinheiro que será recebido de volta irá render por muito tempo a juros muito elevados – IPCA acrescido de uma taxa acima de 7%, que é o retorno atual – e daí vem o pulo do gato.
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Para além do rendimento, o título simplifica o planejamento da previdência, determinando um período de acumulação de recursos durante o qual o investidor não recebe juros. Após esse período, ele tem acesso a um rendimento mensal, que é estipulado no momento da aplicação.
Confira abaixo algumas simulações:
Título | Taxa* | Valor das parcelas | Aplicação | Valor pago em 20 anos | Retorno |
RendA+ 2035 | IPCA + 7,41% | R$ 15.000 | R$ 959.300 | R$ 3.600.000 | 275% |
RendA+ 2035 | IPCA + 7,41% | R$ 30.000 | R$ 1.918.781 | R$ 7.200.000 | 275% |
RendA+2045 | IPCA + 7,3% | R$ 15.000 | R$ 484.879 | R$ 3.600.000 | 642% |
RendA+2045 | IPCA + 7,3% | R$ 30.000 | R$ 969.753 | R$ 7.200.000 | 642% |
RendA+2065 | IPCA + 7,3% | R$ 15.000 | R$ 119.475 | R$ 3.600.000 | 2.913% |
RendA+2065 | IPCA + 7,3% | R$ 30.000 | R$ 238.949 | R$ 7.200.000 | 2.913% |
Regras para investir no RendA+
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Mas quais as regras para investir no RendA+?
O Tesouro Direto oferece oito datas de vencimento possíveis para o papel, todos atrelados ao IPCA: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065. Independentemente do prazo que escolher, o valor será devolvido ao investidor em 240 parcelas mensais consecutivas a partir do vencimento – ou 20 anos.
O investidor deve ir na página de simulação do Tesouro Direto para identificar o melhor título para o seu caso, informando idade, quando quer se aposentar, o recurso que tem para investir hoje e quanto pretende receber de renda mensal na aposentadoria.
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O simulador então indicará o título mais adequado e quantos títulos é necessário comprar para alcançar o objetivo.
Se o investidor precisar, é possível resgatar o RendA+ antes do vencimento, depois de 60 dias do início da aplicação – lembrando que, nesse caso, estará sujeito à marcação a mercado, o que poderá alterar o seu rendimento.
O valor vai sendo corrigido mensalmente pela inflação até a data final, para preservar o poder de compra do investidor.
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A B3 não cobra a taxa de custódia semestral para quem tem renda mensal de até seis salários mínimos e levar o papel até o vencimento.