Um em cada dois FIIs paga dividendos acima do CDI com Selic a 10,50%; veja lista

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 10,50% ao ano e interrompeu o ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023. Neste patamar, um em cada dois dos principais fundos imobiliários do mercado paga dividendos acima do CDI, que acompanha a variação da taxa de juros.

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De acordo com levantamento do InfoMoney, com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras, pelo menos 54 fundos imobiliários registraram dividend yield (taxa de retorno com dividendos) acima de 10,40% – taxa do CDI, que acompanha de perto a Selic e serve de referência para as aplicações de renda fixa.

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O estudo toma como base apenas os 112 FIIs que compõem o Ifix – índice dos fundos mais negociados na Bolsa – e considera apenas os fundos com desempenho positivo nos últimos 12 meses.

Desta forma, aproximadamente um e cada dois dos principais FIIs do mercado distribuiu rendimentos acima da referência da renda fixa. Com ganhos de mais de 24%, o FII de hotel Maxinvest (HMTX11) encabeça a lista. Confira a relação completa:

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Embora seja recorrente, a comparação entre a taxa Selic e os dividendos pagos pelos fundos imobiliários não é a mais indicada, de acordo com especialistas. Para quem tem como objetivo a geração de renda passiva e recorrentes, eles recomendam a comparação com a curva de juros de longo prazo, que pode ser representada pelos rendimentos de título público do Tesouro Direto.

Neste recorte, Maria Fernanda Violatti, head de análise de fundos listados da XP, afirma que o dividend yield do Ifix – espécie de média do mercado – está hoje em 10,7%, acima do rendimento, por exemplo, da NTN-B 2035, que oferece um prêmio aproximado de 6,3%.

A diferença (spread) entre as taxas, acrescenta a analista, está atualmente acima da média histórica, de 3,74%, como mostram os gráficos abaixo:

“Com a manutenção da taxa de juros e a recente abertura da curva de juros, os fundos de papel podem estar mais bem posicionados, trazendo mais resiliência para as carteiras de investimento, principalmente aqueles com melhor relação de risco retorno”, diz Maria Fernanda, que se refere aos fundos conhecidos como high grade. “Ainda assim, entendemos que alguns fundos de ‘tijolos’ de maior qualidade podem apresentar oportunidades, principalmente se considerarmos as reavaliações de seus patrimônios e reajustes de aluguéis”, completa.

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