Publicidade
Esqueça as ações das big techs, os ETFs (fundos de índice) que pagam em dólar e mesmo o famosinho Bitcoin (BTC). Quando o assunto é investimento, os ultra-ricos olham para ativos mais “tradicionais” na hora de alocar o patrimônio.
O grupo é bem mais seleto do que o “top 1%”. Composto por pessoas com mais de US$ 100 milhões em ativos, ele tem apenas 28.420 membros atualmente, o que equivale a 0,001% da população mundial, segundo o relatório The Centi-Millionaire Report 2023, da consultoria Henley & Partners.
De acordo com especialistas ouvidos pela CNBC, a classe de ativos preferida dos ricaços são os imóveis. Quase 30% deles compram casas e apartamentos. Mas eles não investem em mansões antigas ou prédios do século passado. O foco são empreendimentos novos, construídos nos últimos 15 anos.
Como são abastados de dinheiro, os ricaços não têm tempo para administrar toda a grana. Por isso, costumam contratar empresas de family office, especialistas em gestão de patrimônio. Desde 2019, segundo relatório da empresa de dados Preqin, esses veículos triplicaram, chegando a 4.500 no mundo todo.
Juntas, essas firmas de family office têm cerca de US$ 6 trilhões em ativos sob gestão. Esse montante é quase três vezes superior ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023 – US$ 2,17 trilhões, segundo dados do governo federal.
Outro tipo de ativo que chama atenção dos endinheirados são equipes esportivas, disse Salvatore Buscemi, CEO da Dandrew Partners, para a CNBC. “Esse é um grupo muito, mas muito exclusivo para entrar e requer muito mais do que apenas dinheiro”, disse. “Nos EUA, eles concedem até título de cavaleiro a quem compra um time da NFL (liga profissional de futebol americano do país)”.