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SÃO PAULO – Ter o “timing” certo para comprar ou vender ações e se despir dos preconceitos com empresas que não são exatamente uma unanimidade no mercado são os pontos em comuns entre os gestores que comandam três dos fundos de ações com melhor desempenho no primeiro semestre de 2018.
Os gestores João Braga, da XP Gestão, Marcelo Cavalheiro, da Safari, e Fábio Spínola, da Apex, estão na edição especial do programa Papo com Gestor (confira a entrevista completa no vídeo acima). No começo do ano eles ganharam muito com exposição ao mercado doméstico, mas souberam quando virar a mão, especialmente com a venda de Petrobras antes da saída do então presidente, Pedro Parente.
“Acreditamos que era impossível continuar com essa política de preços dado que o cambio tinha desvalorizado muito e o petróleo tinha subido muito. Isso foi um grande vetor de ganho para nós em maio”, explica Cavalheiro.
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Nem só de blue chip vivem os ganhos dos fundos, é preciso estar atentos às possibilidades menos óbvias. “A Azul estava em um ambiente micro super favorável, mas vendemos as ações quando o cenário começou a deteriorar em petróleo e câmbio. Conseguimos acertar em empresas que o mercado vê com certo preconceito e isso conta muito”, conta Braga.
Confira o desempenho dos 3 melhores fundos de ações do 1º semestre:
Fundo | Rentabilidade no 1º semestre |
Status do fundo |
Safari FIC FIM II |
14,26% |
aberto para investimentos na XP |
Apex Infinity 8 Long-Biased |
13,27% |
aberto para investimentos na XP |
XP Long Biased FIC FIM |
13,14% |
fechado para captação |
Ibovespa |
-4,76% |
|
CDI |
3,17% |
Entre as ações que estão no portfólio do fundo Safari estão bancos, Localiza, CVC, BRF e JBS, sendo esses dois últimos expostos ao câmbio. “Daqui para o final do ano e principalmente no processo eleitoral que promete ser complicado e tumultuado, temos uma posição comprada em opção de dólar, que é para proteger nosso patrimônio, a R$ 4,30 reais para outubro”, diz Cavalheiro.
Braga, da XP Gestão tem suas duas favoritas: Qualicorp e Lojas Americanas. “O mercado está ignorando completamente o micro da empresa, que gera caixa, que não precisa reter capital e que tá num valuation ridículo de barato”, diz o gestor sobre a ação da Qualicorp.
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Os bancos voltam a ganhar espaço nas carteiras. Spínola, da Apex, tem o Itaú como preferido, que apesar do baixo crescimento de lucro, paga dividendo muito alto. “Como filosofia de investimento gostamos de olhar crescimento de lucro, dividendos e expansão de múltiplo. São os três principais pilares do preço da ação”, conta.
O fundo da Apex ainda tem CVC, Suzano e Fibria. Essas duas últimas também estão no portfólio da Safari e Braga recolocou Suzano em seu radar depois de embolsar lucros no primeiro semestre. “O motivo da saída foi completamente técnico, foi uma questão de portfólio, eu gosto muito de Suzano ainda”, conta.
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O Papo com Gestor é um programa de entrevistas semanais apresentado por Thiago Salomão, editor-chefe do InfoMoney. O programa é fruto de uma parceria com a XP Investimentos e trará toda semana uma entrevista com gestores que estão se destacando dentro da lista de fundos da plataforma digital da XP.