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Mais da metade dos brasileiros estima que dependerá da previdência social para se sustentar, segundo levantamento recente da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No entanto, investir para ter renda extra ao parar de trabalhar não parece má ideia.
A tarefa requer planejamento e disciplina, além do instrumento financeiro correto, e o Tesouro RendA+, lançado no início de 2023, surge como opção.
O Tesouro RendA+ vem se popularizando entre os investidores brasileiros. Dados mais recentes do Tesouro Nacional mostram que, em agosto, R$ 1,1 bilhão estavam aplicados nos papéis de aposentadoria do Tesouro Direto.
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Mas, será que eles são mesmo um bom caminho para obter uma aposentadoria “mais gorda”?
Para responder à pergunta, o InfoMoney simulou cinco cenários para aposentadoria, variando a idade do investidor. Todos eles consideram uma renda extra mensal de R$ 5 mil.
O resultado mostra cenário animador para quem tem mais tempo: o investidor que começa cedo consegue alcançar R$ 5 mil mensais de renda extra na aposentadoria com a realização de aportes mensais baixos, inferiores a R$ 150.
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Já quem está mais perto da aposentadoria precisa fazer investimentos mensais mais robustos, mas que ainda podem ser factíveis para cidadãos de renda mais alta.
Como funciona
O Tesouro RendA+ é feito para o investidor que quer fazer o aporte hoje e receber os recursos de forma mensal no futuro, no momento em que se inicia o período de conversão, que coincide com o ano indicado no título: atualmente, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065.
De acordo com o valor que se deseja receber no futuro e com o prazo informado para isso, o simulador do Tesouro Direto indica quantos títulos do Tesouro RendA+ com determinada duração será preciso adquirir para alcançar o objetivo financeiro.
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No ano de vencimento, começa o período de conversão do título, que passa a entregar mensalmente o retorno do investimento. Os rendimentos são pagos todo mês por 20 anos.
Ao aplicar no Tesouro RendA+, o investidor garante que seu poder de compra será mantido ao se aposentar. Isso porque o papel é atrelado à inflação e ainda paga um valor adicional sobre a variação dos preços mensalmente durante o período de resgate. Hoje, esse prêmio varia entre 5,79% e 5,96%.
Assim como nos planos de previdência privada, o investidor consegue programar aportes mensais no Tesouro RendA+, inclusive via Pix. Para isto, é preciso ter uma conta com, no mínimo, nível Prata no portal Gov.br e instalar o app do Tesouro Direto no celular. Na aplicação, o investidor seleciona o título que quer adquirir e pode escolher a opção “pagar com Pix”.
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Confira os aportes mensais necessários para alcançar renda extra de R$ 5 mil com o Tesouro RendA+:
Idade atual | Tempo de Investimento | Idade de aposentadoria | Título indicado | Aporte mensal |
20 | 42 anos | 62 | Tesouro RendA+ 2065 | R$ 134,71 |
30 | 37 anos | 67 | Tesouro RendA+ 2060 | R$ 204,14 |
35 | 32 anos | 67 | Tesouro RendA+ 2055 | R$ 317,16 |
40 | 27 anos | 67 | Tesouro RendA+ 2050 | R$ 500,84 |
45 | 22 anos | 67 | Tesouro RendA+ 2045 | R$ 830,05 |
Fonte: Tesouro Direto
Vale a pena?
Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital, destaca a “facilidade no planejamento” que o RendA+ traz aos investidores e explica que os títulos têm baixo risco, “uma vez que são emitidos pelo governo federal”.
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Mas, é preciso tomar alguns cuidados. Um deles é não desistir da aplicação no meio do caminho. “A rentabilidade acordada na compra é assegurada somente para investidores que mantiverem o ativo até a data de vencimento”, lembra Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.
Quem cumpre o planejamento e leva os papéis até o vencimento ainda fica livre da taxa de custódia cobrada pela B3. A regra, porém, está restrita a rendimentos mensais inferiores a seis salários mínimos.
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