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As taxas do Tesouro Direto subiram novamente nesta segunda-feira (21), após semana de forte pressão sobre as remunerações, na esteira de mais revisões altistas para a Selic e o IPCA. O efeito foi sentido principalmente nos títulos de inflação, que tiveram forte alta nos juros reais (rendimento além da inflação), especialmente nos prazos mais curtos.
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O papel do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 pagava 6,60% ao ano na parte prefixada às 13h01 de hoje, o maior valor de 2024, superando os 6,58% atingidos em 2 de julho. Recorde anual também para o título com vencimento em 2029, que passou a pagar 6,74% ao ano de juro real nesta segunda.
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Projeções dos analistas ouvidos pelo Banco Central para o Boletim Focus desta semana mostram aumento na estimativa para o IPCA de 2024, de 4,39% para 4,50%, na terceira semana seguida de alta. A previsão para a inflação de 2025 passou de 3,96% para 3,99%. Já a Selic, segundo analistas, ficará nos mesmos 11,75% apontados na semana passada em 2024. Mas a estimativa para 2025 avançou de 11% para 11,25%.
As expectativas acompanham o pessimismo do mercado em relação à política fiscal brasileira, com agentes duvidando se o pacote de cortes de juros defendido pela Fazenda e pelo Planejamento será mesmo entregue pelo governo. Também pesa na conta o aquecimento da economia. Alguns especialistas, no entanto, apontam exagero nos prêmios.
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Menos afetados pelas expectativas de curto prazo, os títulos mais longos do Tesouro IPCA+ também viram alta nas taxas, mas em menor grau. O papel para 2045, por exemplo, teve remuneração com leve alta, de 6,56% na sexta para 6,58% ao ano nesta segunda.
Já os juros dos prefixados tiveram recuo após baterem máximas na sexta. O retorno anual do título com vencimento em 2031 recuou de 13,01% para 12,91%.
Confira os detalhes dos demais títulos do Tesouro Direto às 13h01 desta segunda-feira (21):
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