Tesouro muda regras para sempre render mais que a Poupança

Spread do Tesouro Selic cai para 0,01% ao ano para acabar com desvantagem no curto prazo

Paula Zogbi

SÃO PAULO – O Tesouro Direto, programa do governo nacional de compra e venda de títulos públicos, anunciou mudança nas regras de remuneração do Tesouro Selic (LFT). O spread (diferença entre taxa de investimento e a taxa de resgate) para este título passa de 0,04% para 0,01% ao ano.

“Essa alteração é parte do contínuo processo de aprimoramentos no Tesouro Direto e terá como resultado a redução dos custos de aplicação para o investidor e, consequentemente, o aumento de sua rentabilidade líquida”, disse o programa do governo em nota oficial. O novo spread está válido a partir desta sexta.

A mudança já era aguardada pelo mercado porque acaba com uma situação de curto prazo em que o Tesouro Direto rende menos que a Poupança.

Com o spread antigo, investidores que resgatassem o título até seis meses depois do aporte inicial “perderiam” para a Caderneta nas datas de “aniversário” (momento da remuneração).

Vale lembrar que, por ter liquidez, o Tesouro Selic costuma ser o favorito do investidor justamente em aplicações de curto prazo.

“Com a evolução do Programa e por meio de desenvolvimentos tecnológicos e operacionais, o Tesouro Direto reduz o spread, criando mais flexibilidade para o investidor que precisa resgatar seu Tesouro Selic antes do prazo de vencimento”, diz a nota.

Com a nova realidade, o retorno do Tesouro Selic ganha vantagem sobre a poiupança inclusive no curto prazo, com uma vantagem definitiva a partir do sexto mês da aplicação.

Um levantamento feito pela XP Investimentos mostra que, no pior dos cenários, o título público só teria retorno inferior ao da caderneta de poupança em quatro dias úteis de um mês – antes, com o spread de 0,04%, a poupança levava vantagem em 12 dias no máximo.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney