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O Produto Interno Bruto (PIB) veio acima do esperado nesta terça-feira (3), e parece ter dado ainda mais convicção ao mercado de que o País estará sujeito a maiores pressões inflacionárias. Os títulos do Tesouro IPCA+, que são indexados à inflação, operam com nova alta nas taxas, no sétimo dia seguido de avanço. Após atualização das 13h, chegam a pagar 6,36% ao ano.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que a próxima projeção do governo para o desempenho do PIB em 2024 deve superar 2,7% ou 2,8%, contra estimativa atual de 2,5%, e ponderou que se o país não aumentar sua capacidade instalada em meio à aceleração da atividade, é possível que o crescimento econômico pressione a inflação.
“Uma atividade mais forte do que o esperado, pode manter a inflação, sobretudo a de serviços, acima da meta”, disse o economista da XP, que prevê uma alta de 0,25 ponto percentual na Selic na reunião do Copom de setembro.
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Segundo o levantamento Barômetro do Mercado, elaborado pelo InfoMoney com a participação de 44 gestoras, 36% dos respondentes apontam a inflação como um dos riscos para o mercado brasileiro no curto prazo.
Em reação à expectativa de uma inflação mais persistente, o Tesouro IPCA+ 2029
alcança juro real (acima da inflação) de 6,36% ao ano. A taxa do papel de 2035 vai a 6,22%, ou 6,24% no título com pagamentos semestrais. Os mais longos, com vencimentos em 2045 e 2055, pagam 6,24% e 6,22%, respectivamente.
Os títulos prefixados seguiram caminhos mistos. O Tesouro Prefixado 2027 vinha de quatro sessões de alta até sexta-feira, mas opera próximo à estabilidade desde então. Nesta terça, paga 11,96% ao ano. Já a taxa do papel para 2031 vem em baixa desde que atingiu 12,25% na sexta, e vai a 12,16% hoje.
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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta terça-feira (3):