Tesouro Direto: taxas sobem após prévia do PIB, e papel de inflação paga quase 7,50%

IBC-Br acima do esperado ajuda a consolidar expectativa de inflação mais alta e pressiona curva de juros

Equipe InfoMoney

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Em nova sessão de ajustes na curva de juros após a Selic subir para 12,25%, as taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto avançam mais uma vez nas primeiras negociações desta sexta-feira (13). O movimento ocorre após a divulgação do IBC-Br, que veio acima do esperado pelos analistas.

Segundo o Banco Central, o índice que é considerado uma prévia do PIB registrou avanço de 0,1% em outubro ante o mês anterior, bem acima do projetado por analistas consultados pela pesquisa Reuters, que previam queda de 0,2%, e da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava variação zero para o indicador.

Além disso, o BC revisou ligeiramente para cima o número relativo a setembro. Combinadas, as informações ajudam a engrossar o caldo das expectativas de que a economia terá um 2024 forte, acentuando a preocupação com as pressões inflacionárias.

“Olhando para o futuro, continuamos esperando uma desaceleração econômica ao longo de 2025 (mais claramente a partir do 2T25 em diante), refletindo maior inflação, maior aperto da política monetária e menor impulso fiscal. Prevemos que o PIB total se expanda em 2,0% no ano que vem”, avalia o time de macroeconomia da XP.

Em reação, o Tesouro Prefixado que vence em 2027 operava com taxa de 14,87% ao ano na primeira atualização do dia, ante 14,71% na véspera. O papel que vence em 2031 também paga mais, e ultrapassa de vez o patamar de 14% ao ano, a 14,09%.

Entre os papéis de inflação, alta em todos os vértices, com o Tesouro IPCA+ 2029 pagando 7,46% no componente prefixado, e o papel de 2035 com 6,82% de juro real. No título com vencimento em 2045, a remuneração é de 6,74% além do IPCA, contra 6,67% na quinta-feira.

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Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto nesta sexta-feira (13) às 9h29:

(Fonte: Tesouro Direto)