Tesouro Direto: taxas de títulos curtos têm forte queda; prefixado para 2026 oferece retorno de 10,16%

Papel entregava retorno de 10,30% na véspera; queda nos papéis mais longos é mais branda

Leonardo Guimarães

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Os títulos do Tesouro Direto oferecem taxas menores nesta terça-feira (18) na comparação com a véspera. O movimento está em linha com as curvas de juros de outros países, que também registram um dia de fechamento (queda). Com a agenda de indicadores de inflação esvaziada, resta aos investidores a repercussão de dados das indústrias brasileira e americana.

Por aqui, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o setor teve piora no desempenho em junho deste ano, com queda de 5,3 pontos no indicador de evolução da produção na comparação com maio. O recuo de 51,6 pontos para 46,3 pontos é mais intenso do que o movimento típico para o mês de junho.

Nos Estados Unidos, a produção industrial caiu 0,5% em junho na comparação mensal, de acordo com dados divulgados pela manhã pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O consenso Refinitiv de analistas previa estabilidade (0,0%) no período. Ante junho de 2022, a produção industrial mostrou queda de 0,4%.

Na atualização de 12h02, os juros dos títulos de curto prazo amargavam as maiores quedas da sessão. O Tesouro IPCA+ 2029 oferecia rentabilidade real de 5,13%, ante 5,20% na sessão anterior. Já o título de inflação com vencimento em 2032 entregava 5,20%, contra 5,25% ontem (17). A taxa real do título de inflação mais longo disponível para compra, o Tesouro IPCA+ 2055 caía de 5,56% para 5,52%.

Entre os prefixados, o papel para 2026 tinha rentabilidade de 10,16%, ante 10,30% na véspera. O título com vencimento em 2029 pagava juros de 10,57% após entregar rentabilidade anual de 10,69% na sessão da última segunda-feira (17).

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta terça-feira (18): 

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Alckmin critica patamar da Selic

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender nesta segunda-feira (17) a redução da Selic, taxa básica de juros do país, atualmente em 13,75% ao ano.

“As coisas estão caminhando bem: inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, arcabouço fiscal encaminhado. Só faltam os escandalosos juros caírem e nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte”, afirmou.