Tesouro Direto: taxas de prefixados voltam a subir e se aproximam de recorde do ano

Revisão da inflação em 2024 pelo BC e expectativa para Super-Quarta movimentam os títulos públicos nesta segunda

Monique Lima

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As taxas dos prefixados do Tesouro Direto abriram forte nesta segunda-feira (29), com o título mais curto, de vencimento em 2027, elevando a remuneração para 12,04% ao ano. Na sexta-feira (26), o papel havia fechado em taxa de 11,92%.

A taxa de hoje é menor do que os 12,03% atingidos na semana passada, mas segue próxima da máxima anual de 12,10% registrada em 1º de julho, em meio a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que causaram estresse entre agentes de mercado.

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Desde então, a remuneração do Tesouro Prefixado 2027 operava majoritariamente em queda, chegando a recuar para o nível de 11,8%. Já o prefixado mais longo, com vencimento em 2031, também abriu nesta segunda, de 12,26% para 12,35%. Seu recorde no ano é 12,65%.

O gatilho de alta desta segunda-feira foi uma nova revisão dos economistas para a inflação. O Boletim Focus mostrou uma revisão do IPCA para 2024, de 4,05% para 4,10%, e aumentou também a projeção para 2025, de 3,90% para 3,96%.

Os dados contribuem para levantar dúvidas em relação à postura do Comitê de Política Monetária (Copom) no encontro desta semana, para o qual se espera nova manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano.

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O Focus aponta expectativa de Selic em 10,50% até o fim de 2024, e e em 9,50% ao final do ano que vem. Porém, a desvalorização recente do real frente ao dólar e ajustes domésticos no preço da gasolina e da taxa de energia elétrica fizerem alguns agentes do mercado considerarem a possibilidade de um ajuste altista da taxa dos juros.

Segundo o contrato Opção de Copom, negociado na B3, o mercado projeta 92% de possibilidade de concretização desse cenário, mas as apostas de alta já chegam a 8%, com zero projeção de cortes.

O Copom e o Fomc (dos Estados Unidos) anunciam suas decisões na quarta-feira (31). A expectativa é que o comitê americano mantenha os juros no encontro deste mês e corte as taxas em setembro.  

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Tesouro IPCA+ 

Os títulos de inflação negociam no sentido contrário dos prefixados, com recuo nas taxas. O juro real (acima da inflação) do Tesouro IPCA+ de 2029 cedia 0,01 ponto percentual na sessão, a 6,41%. Já o papel de 2035 pagava 6,20% além do IPCA, ante 6,24% na sexta-feira.  

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta segunda-feira (29), na atualização de 11h50: 

Fonte: Tesouro Direto. 29/07/2024 – Atualização 11h50 (horário de Brasília)