Tesouro Direto: taxas recuam em dia de decisão do Copom e título de inflação paga 5,01%

Juros dos prefixados também operam em queda com decisão sobre juros no radar

Leonardo Guimarães

(Getty Images)
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A rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto cai na manhã desta quarta-feira (2). O anúncio mais aguardado do dia (do mês, talvez do ano) diz respeito aos juros básicos do Brasil e será dado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) às 18h30.

A expectativa do mercado está dividida entre corte de 0,25 ponto percentual e 0,5 p.p. Mesmo sem consenso sobre a magnitude da queda da Selic, o início do ciclo de cortes hoje é tomado como certo pelos agentes do mercado.

Para Marina Renosto, head de alocação da Blackbird Investimentos, a reação do mercado a um corte de 0,25 p.p. ou 0,5 p.p. deve ser parecida. “A queda já está no preço, esperamos que isso aconteça há muito tempo e não imagino que a mudança [na curva de juros] seja muito grande”, diz a especialista.

Lá fora, investidores repercutem o rebaixamento do rating de emissor de inadimplência a longo prazo e moeda estrangeira (IDR, na sigla em inglês) dos Estados Unidos pela Fitch. A agência diminuiu a classificação do país de AAA para AA+, com perspectiva estável.

Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete a deterioração fiscal esperada para os próximos três anos, assim como a crescente dívida do governo geral.

No Tesouro Direto, as taxas operam em queda nesta quarta-feira. O título de inflação para 2029 oferecia 5,01% às 9h20 contra taxa de 5,03% na sessão de ontem. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2032 caía de 5,14% para 5,12%, enquanto a remuneração do Tesouro IPCA+ 2040 saía de 5,30% para 5,27%. O Tesouro IPCA+2045 era exceção ao pagar 5,45%, taxa maior que os 5,44% de ontem.

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Nos prefixados, destaque para o título com vencimento em 2033, que entregava rentabilidade anual de 10,76% contra 10,81% ontem. A taxa do Tesouro Prefixado 2029 caía de 10,66% para 10,62%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta quarta-feira (2):

Arcabouço fiscal deve ser votado somente após reforma ministerial

Líderes partidários da Câmara dos Deputados disseram ao Estadão/Broadcast que a votação das mudanças feitas pelo Senado no arcabouço fiscal deve acontecer depois da reforma ministerial promovida pelo governo para acomodar partidos do Centrão em ministérios.

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A expectativa é que as negociações da reforma ministerial sejam concluídas até o fim desta semana.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu, nesta terça-feira (1º), com o colégio de líderes para traçar a pauta de votações na Casa no segundo semestre. Havia a expectativa de que o relator do novo arcabouço fiscal na Câmara, Claudio Cajado (PP-BA), participasse do encontro para discutir o assunto, mas isso não ocorreu. O deputado afirmou à reportagem que concluiu seu parecer sobre as mudanças feitas no texto pelo Senado.

Com informações do Estadão/Broadcast