Tesouro Direto: taxas de prefixados sobem para até 10,82% após CPI dos EUA

Inflação ao consumidor americano subiu acima do esperado pelo mercado

Leonardo Guimarães

Bandeira dos Estados Unidos
Bandeira dos Estados Unidos

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As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em alta nesta quarta-feira (14). A volta do feriado de Carnaval é marcada pela repercussão de dados de inflação nos Estados Unidos divulgado na véspera.

Ontem, o Departamento do Trabalho americano divulgou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em janeiro. Na comparação com janeiro do ano passado, a inflação ficou em 3,1%. 

Os dados vieram piores do que o esperado por economistas consultados pela Dow Jones, que esperavam aumento de 0,2% na comparação mensal e de 2,9% na base anual. 

“Percorrer a ‘última milha’ do combate à inflação está mais difícil do que se imaginava no final do ano”, diz Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. 

Daniel Leal, estrategista de renda fixa da BGC Liquidez, explica a alta nas taxas dos títulos do Tesouro Direto: “o CPI mais alto lá fora tende a conter os mais otimistas com a Selic abaixo de 9% no fim de 2024”. 

Na primeira atualização do dia, às 14h19, o Tesouro Prefixado 2035 pagava 10,82% ao ano ante taxa de 10,75% na sexta-feira (9). O juro do papel para 2031 subia de 10,74% para 10,81%, enquanto o do título com vencimento em 2027 avançava de 9,99% para 10,04%. 

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Nos títulos de inflação, destaque para o juro real do Tesouro IPCA+ 2045, que saía de 5,72% para 5,76%. A taxa do papel com vencimento em 2055 subia de 5,65% para 5,68%. 

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta quarta-feira (14):