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A alta dos juros dos títulos do Tesouro Direto desacelerava na tarde desta terça-feira (13) depois que investidores conheceram dados de inflação dos Estados Unidos. Na primeira atualização do dia, os juros dos títulos tinham forte alta, que arrefeceu após a divulgação do indicador.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA subiu 0,1% em maio, abaixo do consenso Refinitiv, de alta de 0,2%. Em abril, a inflação subiu 0,4%, segundo dados com ajuste sazonal divulgados às 9h30 pelo Departamento de Trabalho americano.
No acumulado de 12 meses, a inflação desacelerou de 4,9% para 4%. Para esse período, a expectativa era de desaceleração para 4,1%.
Este é o último indicador relevante a ser divulgado antes da decisão de juros pelo Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) desta quarta-feira (14). Após a notícia, 100% dos agentes de mercado dos EUA passaram a apostar na pausa do aperto monetário, segundo dados do CME Group. Ontem, pouco mais de 25% ainda esperavam um aumento nos juros.
A agenda econômica brasileira segue esvaziada e investidores ficam atentos ao andamento de matérias relevantes no Congresso, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
Neste contexto, as taxas dos títulos públicos subiam. Entre os títulos de inflação, a rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2040 avançava de 5,51% na sessão de ontem para 5,56% às 15h21 de hoje. Mais cedo, a taxa do papel era de 5,58%. Já o juro real do Tesouro IPCA+ 2055 saía de 5,58% ontem para 5,62%.
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Entre os títulos mais curtos, o Tesouro IPCA+ 2029 entregava rentabilidade real de 5,33% ante 5,30% na véspera e 5,33% mais cedo e o Tesouro IPCA+ 2035 pagava 5,46% contra 5,40% ontem.
Nos prefixados, a sessão também é de recuperação nas taxas. O Tesouro Prefixado 2026 tinha rentabilidade anual de 10,58% contra 10,52% na véspera e o Tesouro Prefixado 2033 tinha retorno de 11,29% ao ano ante 11,20% ontem.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta terça-feira (13):
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Inflação nos Estados Unidos
A notícia que alivia o mercado nesta terça-feira é que o índice de preços ao consumidor nos EUA subiu 0,1% em maio e ficou abaixo do consenso Refinitiv, de alta de 0,2%. O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de alimentos e energia, subiu 0,4% no mês e 5,3% nos últimos 12 meses. Em abril, a taxa acumulada estava em 5,5%.
O indicador faz, agora, todo o mercado apostar na pausa do aperto monetário dos Estados Unidos.
Para os brasileiros, o dado é importante porque pode influenciar o Banco Central na condução da política monetária. Como o Brasil está adiantado em relação aos países desenvolvidos, investidores já esperam um corte na taxa básica de juros. O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne na semana que vem e o mercado espera uma sinalização de que a autarquia já vê espaço para corte na Selic.
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