Tesouro Direto: taxas de prefixados sobem para até 11,24% com exterior no radar

Investidores repercutem decisão de Arábia Saudita e Rússia de estender cortes voluntários da oferta de petróleo

Leonardo Guimarães

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As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em direções mistas nesta quarta-feira (6). Na véspera do feriado de 7 de Setembro, investidores olham para o cenário externo, que tem novas ameaças inflacionárias ligadas ao preço do petróleo.

Ontem, os preços do petróleo tiveram alta de US$ 1 por barril e alcançaram o maior valor desde novembro depois que a Arábia Saudita e a Rússia anunciaram uma nova extensão de seus cortes voluntários de oferta até o fim do ano, preocupando investidores com potencial escassez durante o pico de demanda no inverno.

Com a possível pressão inflacionária, investidores se preocupam com juros elevados por mais tempo.

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Ainda de olho no mercado externo, investidores esperam a divulgação do Livro Bege, às 16h (horário de Brasília). O documento deve mostrar as condições econômicas que conduzirão a próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos, Fed).

Por aqui, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 0,05% em agosto na comparação com julho. O resultado vem após cinco meses seguidos de deflação. Com os dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice acumula variação de -5,30% em 2023 e de -6,91% em 12 meses.

No Tesouro Direto, as taxas de prefixados subiam, enquanto as de títulos de inflação apresentavam queda na comparação com o início da sessão de ontem.

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Na primeira atualização do dia, às 9h23, o Tesouro Prefixado 2026 tinha rentabilidade de 10,30% ante 10,28% na véspera. A taxa do prefixado para 2029 subia de 10,95% para 11,03%, enquanto a do título com vencimento em 2033 avançava de 11,16% para 11,24%.

Já a rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2032 era de 5,35% contra 5,44% na sessão de ontem. A taxa do título de inflação com vencimento em 2045 caía de 5,74% para 5,73%, enquanto a do papel para 2055 recuava de 5,66% para 5,64%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta quarta-feira (6):

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