TelexFREE e BBom: deputados discutem legalidade das empresas

O deputado Acelino Popó (PRB-BA) lembrou que muitas famílias venderam bens para apostar nessa atividade

Diego Lazzaris Borges

Publicidade

O deputado Sandro Alex (PPS-PR) disse que a discussão na Câmara sobre as ações das empresas de marketing multinível no Brasil não tem a intenção de impedir esse tipo de atividade, mas de propor projeto de lei para regulamentá-la.

O tema foi debatido em audiência pública conjunta das Comissões de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e de Defesa do Consumidor, em andamento no Auditório Nereu Ramos.

O debate foi proposto por vários deputados, em função da paralisação pela Justiça das atividades de duas das maiores empresas do ramo, a TelexFree e a BBom, a pedido do Ministério Publico. As empresas são investigadas sob a suspeita de usarem a prática do marketing multinível como fachada para aplicar o golpe da pirâmide financeira.

Divergências
Diante da plateia que lota o auditório, favorável à continuidade das ações dessas empresas, alguns deputados que compõem a mesa defenderam a atividade. “Quem gera emprego e paga imposto não pode ser tratado como criminoso”, disse o deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), recebendo aplausos do público presente.

O deputado Acelino Popó (PRB-BA) lembrou que muitas famílias venderam bens para apostar nessa atividade como um projeto de vida e hoje passam por dificuldades financeiras com a paralisação dos trabalhos.

Já o deputado Silvio Costa (PTB-PE) desafiou as empresas a provarem que são sérias. “Isso aqui não é uma reunião política. Há uma diferença entre marketing e picaretagem. Se eu for convencido, vou virar um militante da causa e vou ao Supremo para dizer que o Ministério Público está errado”, afirmou.

Continua depois da publicidade

A ponderação de Costa foi acompanhada pelo deputado Renan Filho (PMDB-AL): “Quero defender a legalidade, os bons negócios. Não podemos permitir que o povo brasileiro seja lesado”.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip