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SÃO PAULO – No holofote do mercado, o condomínio Tower Bridge Corporate, único ativo do fundo imobiliário TB Office (TBOF11), recebeu uma terceira oferta para sua venda, que resultaria na liquidação do fundo.
A proposta, apresentada em fato relevante na noite de quinta-feira (14), foi feita pelo fundo híbrido JS Real Estate Multigestão (JSRE11), do Banco Safra, e prevê o pagamento de R$ 1 bilhão pelo ativo.
O valor é quase 10% acima da oferta inicial, feita pelo fundo Hedge AAA, de R$ 909,5 milhões, e 8,2% superior à da BlueMacaw, de R$ 924,6 milhões.
De acordo com a proposta do JSRE, o montante será pago com recursos próprios do fundo e parte poderá ser captada por meio da emissão primária de cotas, via oferta pública, com “esforços restritos de colocação, nos termos da Instrução CVM 476”, isto é, destinada a investidores profissionais.
Na segunda-feira (18) está marcada uma assembleia geral extraordinária para deliberar sobre a proposta feita pela Hedge. Está prevista ainda, outra reunião, no dia 29 de novembro, para avaliar a contraoferta da BlueMacaw.
Entenda o caso
O caso TB Office ganhou destaque no mercado nos últimos dias diante da acusação de um possível conflito de interesse por parte da Hedge Investments, que está atuando tanto na ponta vendedora quanto na compradora do imóvel. (Leia mais sobre o caso nesta reportagem)
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Se, de um lado, a Hedge justifica a venda pelo bom timing de mercado, de outro, cotistas do TBOF11 questionam se o cenário de juros baixos e queda da vacância não sinalizam que o horizonte pela frente é de melhora, com potencial impacto nos rendimentos do fundo.
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Diante do descontentamento mostrado por alguns cotistas do TB Office com a proposta da Hedge, que prevê a compra do imóvel pelo Hedge AAA, ainda em fase pré-operacional e destinado a 50 investidores profissionais, a BlueMacaw desenhou uma negociação que poderá incluir, a depender de conversas com o órgão regulador, um direito de subscrição aos cotistas do TBOF11 para integrar o novo fundo com o edifício, informou uma fonte próxima ao assunto.
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Agora, a polêmica atinge novas proporções, com mais uma oferta na mesa, desta vez com valor superior inclusive ao laudo mais recente de avaliação do ativo (ainda não auditado) da administradora, o BTG Pactual, de R$ 995,2 milhões.
“Estamos vendo vários tubarões se digladiando por um ativo que não estava à venda, mas que, provavelmente, não escapará de um takeover [aquisição] hostil”, afirmou Ricardo Orihuela, cotista do TB Office e membro do Grupo de Investidores de Fundos Imobiliários (Grifi), nesta sexta-feira.
O Grifi é um grupo independente de cotistas de fundos imobiliários criado em 2012 que tem cerca de 50 membros com participação ativa em assembleias e em discussões sobre investimentos no mercado.
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