Taxas de CDBs têm alta generalizada e juro real beira os 7%; qual opção escolher?

Juros médios de todos os indexadores e prazos subiram na última quinzena

Leonardo Guimarães

(Foto: Freepik)
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Os bancos seguiram a abertura de taxas do Tesouro Direto e passaram a pagar mais aos investidores que compram seus CDBs na última quinzena. As taxas dos títulos de todos os indexadores e prazos subiram enquanto o mercado precificava juros mais altos no longo prazo

Agora, os ativos bancários indexados ao IPCA pagam juro real médio de 6,75%, enquanto os pós-fixados remuneram 100,82% do CDI, e os prefixados têm juros anuais de 12,79% em aplicações de três anos. 

Os dados foram levantados pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney. A empresa analisou 224 ativos emitidos entre 22 de outubro e 5 de novembro. Na comparação com a quinzena anterior, de 7 a 21 de outubro, todas as taxas médias subiram. 

CDBs pós-fixados

Para alguns analistas, os pós-fixados estão entre as melhores opções para o momento. A taxa média para o papel de dois anos teve abertura considerável, saindo de 99,21% do CDI na quinzena anterior para 100,28% entre 22 de outubro e 5 de novembro.

A maior taxa média é dos papéis de seis meses, que pagaram 101,63% do CDI na última quinzena contra 101,11% quinze dias antes. Já os títulos com vencimento em um ano ainda remuneram abaixo do CDI, mas tiveram aumento na taxa média, que saiu de 98,80% do CDI para 99,17% da taxa referencial. 

Retornos de CDBs indexados ao CDI de 22 de outubro a 5 de novembro
Prazo (meses)Taxa mínima (% CDI)Taxa média (% CDI)Taxa máxima (% CDI)Número de títulosEmissor da maior taxa
397,50%98,68%106,50%33Paraná Banco
697,00%101,63%120,00%20Banco Master de Investimento
1290,00%99,17%108,50%27Banco Mercantil do Brasil
2497,86%100,28%120,00%33Banco Master de Investimento
3697,00%100,82%104,00%39XP
Fonte: Quantum Finance

CDBs de inflação

Outra classe recomendada por alguns analistas é a de CDBs híbridos, com parte da remuneração prefixada e outra atrelada à inflação medida pelo IPCA. Ele defende que misturar a proteção contra o avanço da inflação desses papéis com a segurança dos pós-fixados é ideal para atravessar o cenário turbulento atual. 

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Nos papéis mais longos, com vencimento em três anos, os bancos ofereceram juro real médio de 6,75% contra 6,53% na quinzena anterior. Esses títulos entram na faixa de vencimento considerada ideal pelo analista agora, já que “quanto maior horizonte de tempo, mais incerto fica o cenário”, o que acrescenta risco à carteira do investidor. 

Retornos de CDBs indexados à inflação de 22 de outubro a 5 de novembro
Prazo (meses)Taxa mínima (IPCA+)Taxa média (IPCA+)Taxa mínima (IPCA+)Número de títulosEmissor da maior taxa
126,17%6,17%6,17%1Haitong Brasil
246,10%6,51%6,66%13Banco Pan
366,20%6,75%6,99%20Haitong Brasil
Fonte: Quantum Finance

CDBs prefixados

Considerados os ativos mais arriscados da lista, os CDBs com remuneração 100% determinada no momento da aplicação também tiveram abertura nas taxas. Os papéis de seis meses ofereceram o equivalente a 12,23% ao ano após apresentarem taxa média de 11,44% ao longo de outubro. 

Para os vencimentos em 12 meses, a taxa média subiu de 11,98% para 12,30% ao ano, enquanto os títulos que vencem em dois anos pagaram 12,53% ao ano ante 12,35% quinze dias antes. 

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Retornos de CDBs prefixados de 22 de outubro a 5 de novembro
Prazo (meses)Taxa mínimaTaxa médiaTaxa máximaNúmero de títulosEmissor da maior taxa
611,40%12,23%12,82%18Santander
1212,15%12,30%12,60%11ABC Brasil
2412,26%12,53%12,85%4ABC Brasil
3612,70%12,79%12,90%5ABC Brasil
Fonte: Quantum Finance