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A Squadra Investimentos, gestora que administra cerca de R$ 16 bilhões, fez um alerta para o risco de possíveis “surpresas negativas” para cotistas de alguns fundos imobiliários.
Em carta divulgada no último sábado (19), a casa aponta que diversos FIIs possuem a prática de pagar dividendos acima da geração de caixa recorrente dos ativos presentes no portfólio.
Sem citar exemplos, o texto acrescenta que essas carteiras se amparam em repetidas emissões de cotas – mecanismo utilizado pelos fundos imobiliários para captação de novos recursos.
“Como esse padrão de comportamento não se sustenta no longo prazo, há chance não desprezível de surpresas negativas para cotistas de alguns desses fundos”, alerta a gestora, que chama a atenção ainda para o crescimento relevante deste tipo de investimento na carteira dos pequenos investidores.
No final de julho, o mercado de fundos imobiliários superou a marca de 2,25 milhões de investidores. Em dezembro de 2018, o número estava em 208 mil, de acordo com dados da B3.
A carta da Squadra afirma que ativos financeiros que pagam dividendos recorrentes, crescentes e sem volatilidade costumam atrair um grande número de investidores.
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Diante disso, sinaliza o documento, os responsáveis pelos papéis optam por pagar dividendos acima da geração de caixa de seus negócios – prática que aumentaria a atratividade dos ativos.
“Seria uma versão amortecida do que aconteceu com a Icahn Enterprises”, detalha a carta da gestora, que se refere à empresa do famoso investidor Carl Icahn – alvo de recomendação de venda por supostas inconsistências corporativas.
A Squadra ganhou destaque nos últimos anos após desvendar inconsistências nos demonstrativos financeiras do IRB (IRBR3).
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