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Diante de perspectivas de menor crescimento econômico global, inflação mais persistente e juros mais altos, o fundo Nimitz, da SPX, gestora do renomado Rogério Xavier, registrou o primeiro mês de perdas em 2022. O recuo foi de 1,19%, contra uma taxa do CDI – referência entre os fundos multimercados – de 1,03%.
Em carta mensal, a casa destacou que as contribuições negativas vieram de posições nos mercados de ações, crédito e juros. Por outro lado, o fundo foi beneficiado por alocações em commodities e em moedas, bem como apostas compradas (que se beneficiam da valorização) do dólar americano.
Embora tenha sido penalizado em julho, o fundo segue com ganhos de 20,17% ao ano.
Na carta, a gestora destacou que manteve boa parte dos investimentos, mas realizou uma mudança, zerando posições compradas na China, dado que o gigante asiático “se apequena enquanto se volta para dentro”.
Os analistas da gestora afirmaram que o país passa por um reposicionamento do tripé de crescimento chinês, que antes era baseado em exportação, setor imobiliário e infraestrutura, e que agora parece voltado a uma economia de consumo e menos alavancada, sob a política de Covid-19 zero.
Já entre as posições que foram mantidas, a casa disse que seguiu com alocações que se beneficiam da alta de juros em países em que que há desequilíbrios entre as condições econômicas e os preços de mercado, com maior alocação em países emergentes.
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Apesar de deter essa posição, a gestora reiterou que manteve a exposição aplicada (que se beneficia do recuo dos juros) no Brasil.
Já na carteira de ações, que foi um dos detratores da performance do fundo em julho, a SPX manteve posições vendidas (que se beneficiam da queda) dos mercados nos Estados Unidos, Europa e Brasil.
Ao comentar sobre a Europa, a gestora destacou que o continente vive um ciclo inflacionário seguido por uma onda de aumento do endividamento público. “Nesta nova realidade, a política monetária se ausenta como protetora do crescimento”, afirma a casa.
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Embora a situação seja mais preocupante na Europa – região à qual a casa dedicou a carta deste mês, o segundo semestre deverá ser difícil para as economias globais como um todo. Na avaliação da SPX, os próximos meses serão marcados por uma inflação elevada, renovados riscos geopolíticos, crise na Europa e por uma desaceleração mais pronunciada da atividade econômica global.
“A assimetria em precificação recente parece favorecer surpresas negativas nestas áreas. Quando múltiplas quebras estruturais operam, ativos frágeis se expõem e ativos defensivos se destacam”, defendeu. “Quando o insustentável se apresenta, algo novo se cria. Nossa função é ver o que ainda não se vê”.
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