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A segunda-feira (31) registra toda a turbulência provocada pelas incertezas que cercam o fim do segundo turno. O mercado já sabe que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será o presidente pelos próximos quatro anos – uma certeza que atrai várias perguntas sobre juros, ajuste fiscal e nomes da nova equipe econômica.
Para Luiz Fernando Figueiredo, presidente do Conselho da gestora Jive Mauá Investimentos, o governo Lula poderá começar com “algum aumento de gastos” em 2023.
“Isso pode levar a um waiver [licença temporária para gastar], que poderá ser entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões a mais. Desta forma, o resultado primário piora. E o novo presidente deve criar um arcabouço, nos próximos anos, para que a dívida com relação ao PIB [Produto Interno Bruto] se reduza ao longo do tempo”, observa Figueiredo, que foi diretor do Banco Central entre 1999 e 2003.
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A grande pergunta no mercado hoje é quando a Selic começará a ser reduzida. Para o ex-diretor do Banco Central, é possível, sim, que demore um pouco mais para que o movimento de queda da taxa básica de juros seja iniciado no novo governo.
“Mas isso não muda nada. A Selic vai começar a cair porque a inflação começará, devagarinho, a retroceder”, disse.
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