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O token nativo da Curve Finance, uma das principais exchanges descentralizadas do mercado cripto, caiu 12% depois que o projeto divulgou que foi alvo de um hack.
Uma falha em uma versão específica do Vyper — uma linguagem de programação semelhante ao Python e amplamente usada em finanças descentralizadas (DeFi) — levou à exploração, afirmou o time da Curve via Twitter no domingo (30).
A plataforma, assim como outros projetos projetos de finanças descentralizadas, depende de diferentes tipos de softwares construídos em tecnologia blockchain.
O CRV, nativo da Curve Finance, é negociado a US$ 0,64 na manhã desta segunda-feira (31), após a queda de 12%, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A BlockSec, empresa que fornece serviços de auditoria de segurança para softwares cripto, estimou que o hack já gerou mais de US$ 40 milhões em perdas.
Tarun Chitra, diretor executivo e fundador da empresa de análise de risco cripto Gauntlet, falou que o hacker roubou cerca de US$ 20 milhões em CRV e uma versão alternativa do Ethereum (ETH).
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“Estamos avaliando a situação e atualizaremos a comunidade à medida que as coisas se desenvolverem”, disse a Curve.
O valor total dos ativos bloqueados na Curve Finance – a maior exchange descentralizada depois da Uniswap (UNI) – caiu de US$ 3 bilhões no domingo para cerca de US$ 1,7 bilhão nesta segunda-feira (31), segundo o provedor de dados DeFiLlama.
O fundador da Curve, Michael Egorov, foi procurado pela Bloomberg, mas não respondeu até a publicação deste texto.
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O CRV é usado como garantia em um serviço de empréstimo descentralizado conhecido como Aave (AAVE).
Chitra, do Gauntlet, disse que até o momento não houve sinais de operações vulneráveis na Aave devido à queda no CRV. O token da Aave caiu cerca de 4% nas últimas 24 horas, mostram os números da CoinGecko.
Ativos digitais como Bitcoin (BTC) e Ethereum oscilaram um pouco com as preocupações sobre possíveis efeitos indiretos, mas depois se estabilizaram. O BTC é negociado a US$ 29.400, enquanto o ETH permanece estável em US$ 1.865.
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Os hackers roubaram um recorde de US$ 3,8 bilhões em criptomoedas em 2022 e a Curve Finance estava entre a longa lista de organizações afetadas.
O ritmo dos incidentes diminuiu, mas o risco de violações de segurança ainda obscurece o setor de DeFi, no qual as pessoas dependem de softwares baseados em blockchain, conhecidos como smart contracts (contratos inteligentes), para realizar atividades como negociação ou empréstimo.
No Brasil, usuários avançados utilizam a tecnologia para obter retornos mensais de dois dígitos em troca de serviços como a provisão de liquidez para a operação das plataformas. Especialistas, no entanto, alertam que a atividade é de alto risco.
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