Seca na Bolsa dificulta desinvestimentos de fundos de private equity, diz Vinci

Diretor da casa, por outro lado, observou que o cenário está mais "positivo" para realizar novos investimentos

Bruna Furlani

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A seca de ofertas de ações na Bolsa tem dificultado uma das opções de saída de investimentos disponíveis para fundos de private equity, que compram majoritariamente participações em empresas de capital fechado, disse Marco Antônio Franklin, diretor de private equity na Vinci Partners nesta terça-feira (16).

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“Não tivemos IPOs [aberturas de capital] nos últimos dois anos. Não conseguimos usufruir dessa saída [desinvestimento de empresas]”, afirmou durante participação no evento Fund Talks 2024, em São Paulo.

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O executivo disse também ver o momento como mais delicado para eventuais desinvestimentos de empresas por meio de fusões ou aquisições (M&As) de companhias maiores interessadas em adquirir os ativos dos fundos, e que estariam mais receosas com o cenário macroeconômico local.

Apesar de o momento estar mais delicado para possíveis saídas, Fabio Kann, diretor dos fundos de private equity da XP Asset, que participou do mesmo evento, ponderou que o gestor não necessariamente precisa vender a empresa e queimar o ativo em um momento de maior dificuldade do mercado local, como agora.

Por outro lado, o executivo da Vinci observou que o cenário está mais “positivo” para realizar novos investimentos. Ele explica que o capital está mais escasso para companhias se financiarem via mercado de capitais e que há uma recuperação mais lenta do crédito oferecido à pessoa jurídica (PJ).

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Em um cenário mais desafiador, casas como o Pátria Investimentos têm preferido investir em setores mais resilientes, com destaque para companhias de infraestrutura, saúde, educação, além de supermercados, com o objetivo de transformá-las em líderes nos setores em que atuam.

“São companhias que são pouco dependentes do que está acontecendo na economia”, resumiu Guilherme Molina, diretor de private equity do Pátria Investimentos.