Santander, BTG e Citi comentam se vale a pena comprar BRF agora

Nessa semana a empresa decidiu vender seu segmento de lácteos por R$ 1,8 bilhão

Publicidade

SÃO PAULO – Na noite da última quarta-feira (3) a BRF (BRFS3) anunciou a venda de seu segmento de lácteos para a Parmalat por R$ 1,8 bilhão. O anúncio agradou grandes instituições financeiras: Santander, Citi e BTG Pactual foram unânimes em classificar o negócio como bom para a empresa do setor alimentício.

O Santander, que recomenda compra para a ação, destaca que espera que o acordo seja concluído nos próximos seis meses e que a sua alavancagem seja reduzida para um índice de dívida líquida sobre EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações na sigla em inglês) abaixo de 1 no primeiro trimestre de 2015.

A equipe de análise do BTG Pactual, que também recomenda compra para o papel, destaca que a alavancagem da empresa chegará a níveis nunca antes vistos. “Agora nos perguntamos o que a BRF fará com o excesso de caixa, dada sua inabilidade (por conta de restrições regulatórias) de fazer aquisições no Brasil”, escrevem os analistas.

Continua depois da publicidade

Na linha seguinte, o BTG já responde sua própria questão com duas teorias: ou a empresa deverá pagar mais dividendos para seus acionistas, ou ainda há chances de um movimento mais corajoso, na direção de entrar em mercados internacionais.

Já o research do Citi, que é o único que atribui recomendação neutra ao papel, destaca que a Margem EBITDA da empresa pode subir 0,6 ponto percentual com o negócio, enquanto que as vendas estimadas do grupo e o seu EBITDA devem cair 8% e 4%, respectivamente.