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O dólar americano, que vem se beneficiando das taxas de juros altas nos Estados Unidos, pode ter entrado em uma fase de reversão, na opinião de alguns analistas.
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Segundo especialistas da Ned Davis Research, o cenário se deve à expectativa de cortes nos juros e à queda nos rendimentos dos títulos (bonds), que tendem a beneficiar o ouro e outras moedas, como o iene japonês, o euro e a libra esterlina.
O sentimento em torno do dólar saiu do “otimismo excessivo”, escreveu Tim Hayes, estrategista-chefe de investimentos globais da Ned Davis Research.
Na manhã desta terça-feira (23), os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) de dez anos caem para 4,23%, enquanto o ouro à vista é negociado a US$ 2.406,5 por onça troy, segundo dados do TradingView.
O Dollar Index DXY, um índice que mede o valor do dólar americano em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, sobe 0,5% no dia, para 104,44, mas cai 1,3% no acumulado de um mês.
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Efeito eleições
Jorge Dib, sócio e gestor da Galapagos Capital, falou recentemente para o InfoMoney que uma vitória de Donald Trump para um novo mandato nos EUA, que defende maiores tarifas para a importação de produtos, poderia impulsionar o dólar.
Nesse sentido, a queda recente da moeda americana na segunda seria um possível efeito justamente da diminuição do favoritismo de Trump nas eleições de novembro, após a desistência do presidente Joe Biden no último domingo (21).
Mas a análise não é consensual. A Ned Davis Research lembra que o ex-presidente sinalizou preferência por uma moeda mais fraca caso consiga vencer a corrida eleitoral, o que tornaria sua eleição um possível fator negativo para o dólar.
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A Gavekal Research tem visão semelhante, e disse em relatório recente que o enfraquecimento da moeda poderia deixar os produtos americanos mais baratos e melhorar as exportações, fortalecendo a indústria local.