Saia da poupança: veja o fundo de renda fixa ideal para investidores conservadores

Embora tenha alcançado seu melhor rendimento em 11 anos, os ganhos da poupança seguem muito abaixo de outras aplicações também conservadoras

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Os fundos de renda fixa captaram R$ 57,6 bilhões em 2017, segundo os dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Do outro lado, o saldo da caderneta de poupança ainda detém R$ 17,126 bilhões das aplicações dos brasileiros.

A poupança vem continuamente se mostrando como uma das piores aplicações, mesmo quando seus ganhos superam a inflação, como ocorreu em 2017. A poupança acumulou rendimento de 3,88% no ano passado, já descontada a inflação do período, alcançando seu melhor desempenho desde 2006, segundo levantamento da Economatica. 

Embora tenha alcançado seu melhor rendimento em 11 anos, os ganhos da poupança seguem muito abaixo de outras aplicações também conservadoras. O CDB com rendimento de 100% do CDI, por exemplo, rendeu no mesmo período, 6,78% – já descontada a inflação.

Uma aplicação de R$ 100 mil na poupança somada aos rendimentos teria alcançado R$ 103.880, enquanto um investimento do mesmo valor em CDBs que paguem 100% do CDI teria rendido R$ 105.390, já descontado os 20,5% de imposto de renda sobre o lucro. Em ambos os casos, a rentabilidade passada não garante ganhos futuros.

Quem tem perfil conservador e não quer se arriscar em renda variável tem a sua disposição também a possibilidade de investir em fundos de renda fixa. José Tibães, analista de fundos de investimentos da XP, esteve no programa “Como viver de renda fixa desta terça-feira (30) e explicou como funcionam os fundos de renda fixa, sua rentabilidade, e contou qual o tipo de fundo mais indicado para quem está saindo da poupança e quer manter suas aplicações em investimentos conservadores e com liquidez diária.

“Eu recomendaria mais um fundo referenciado DI. É um fundo pós-fixado e não vai ter tanta surpresa. Podemos observar o gráfico as cotas com rentabilidade e dificilmente terá um susto no meio do caminho”, explica.

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Para quem quer está disposto a se arriscar um pouco mais, Tibães recomenda os fundos referenciados DI com crédito privado, que aplica em um mix de Tesouro Selic (LFT) e crédito privado conservador, como CDBs de grandes bancos e debêntures de empresas consolidadas, como da Vale, que oferecem baixo risco.

Entre as gestoras que oferecem fundos de renda fixa, Tibães destaca o Credit Suisse, a Az Quest, o BTG Pactual e a XP Gestão, que vêm fazendo “uma ótima gestão de crédito”.  

No entanto, é preciso ficar atento às taxas de administração cobradas, que podem corroer os ganhos se forem muito elevadas. “Um fundo desse, que normalmente tem liquidez – que é importante para o investidor conservador -,  se a gestora estiver cobrando mais de 0,5% tem que ligar um sinal amarelo”, afirma Tibães. 

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Confira a entrevista completa do analista José Tibães no vídeo abaixo: