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SÃO PAULO – Quem poderia dizer, um ano atrás, quando a taxa Selic já estava no patamar de 6,5% ao ano, que um investimento tão conservador quanto o Tesouro Direto estaria hoje na liderança do ranking de aplicações financeiras?
Pois foi o que mostrou o balanço de maio, mês em que o retorno de todos os títulos públicos disponíveis para compra no programa (com exceção do Tesouro Selic, cujo rendimento está atrelado aos juros básicos da economia) superou os rendimentos do Ibovespa e do CDI, o referencial das aplicações mais conservadoras.
Papéis indexados à inflação se sobressaíram não só em maio, como no ano e nos últimos 12 meses. Conforme mostramos em matéria publicada na última sexta-feira (31), o Tesouro IPCA+ 2045 tem sido o grande destaque do Tesouro Direto.
Em maio, quando o Ibovespa subiu 0,70% e o CDI teve variação de 0,54%, esse título público teve alta de nada menos que 9,35%. No acumulado do ano, o retorno supera os 30% e, em 12 meses, está acima dos 60%.
Em 2019 até o fim de maio, metade dos títulos públicos ofertados hoje no Tesouro Direto entregou retorno maior que o Ibovespa e o CDI e, em 12 meses, a comparação é ainda mais favorável para a renda fixa, com seis papéis mais vantajosos.
Vale lembrar que os preços dos títulos públicos oscilam diariamente e o investidor só garante os retornos mencionados se decidir vender os títulos antecipadamente, isto é, antes do vencimento.
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Confira a seguir as rentabilidades dos títulos públicos, do Ibovespa e do CDI em maio, em 2019 e nos últimos 12 meses:
Título | Vencimento | Taxa de compra | Rentabilidade em maio | Rentabilidade em 2019 | Rentabilidade em 12 meses |
Tesouro Prefixado | 01/01/2022 | 7,12% | 1,92% | – | – |
Tesouro Prefixado | 01/01/2025 | 8,16% | 3,14% | 8,05% | 27,34% |
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais | 01/01/2029 | 8,43% | 3,06% | 7,67% | 27,80% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais | 15/08/2026 | 3,70% | 2,53% | 8,47% | 19,49% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais | 15/05/2035 | 3,91% | 4,02% | 13,95% | 28,06% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais | 15/08/2050 | 4,11% | 4,40% | 16,14% | 34,35% |
Tesouro IPCA+ | 15/08/2024 | 3,70% | 2,14% | 7,68% | 18,65% |
Tesouro IPCA+ | 15/05/2035 | 3,98% | 5,95% | 20,29% | 39,79% |
Tesouro IPCA+ | 15/05/2045 | 3,98% | 9,35% | 31,44% | 61,69% |
Ibovespa | 0,70% | 10,40% | 26,42% | ||
CDI | 0,54% | 2,59% | 6,37% |
Fontes: B3 e Tesouro Direto.
Se no início do ano o mercado estava mais confiante na melhora da atividade econômica e projetava inclusive um aumento da Selic para conter a inflação, agora a discussão recai sobre a necessidade de uma redução da taxa básica de juros.
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Os indicadores brasileiros seguem decepcionando economistas, analistas e gestores de recursos. O mais recente partiu do Produto Interno Bruto (PIB), que mostrou queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
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