Publicidade
O cenário definitivamente mudou. “A curva de juros tem sido bastante volátil, precificando uma taxa Selic terminal de 10,2% (em 2024), bem diferente do que se via no Boletim Focus, que chegou a indicar 8% meses atrás”, disse Mayara Rodrigues, analista de renda fixa do research da XP.
A especialista participou junto com Clara Sodré, analista de fundos da XP, do programa Morning Call da XP na manhã desta terça-feira (23). Ambas avaliaram alguns investimentos em renda fixa, como o fundo de crédito.
Recuperação
“Em 2023 começou com muita volatilidade essa classe”, afirmou Clara Sodré. “Na nossa visão, existiam alguns sinais que demonstravam que a recuperação desses fundos viria muito em linha com outros ciclos. Essa recuperação de fato veio, em especial após o 1º trimestre de 2023”, disse.
Segundo a analista, o fluxo começou a voltar na medida em que o carrego desses fundos começaram a entregar um retorno positivo em relação ao CDI. “Atualmente, alguns fundos [de crédito] estão apresentando no ano 124% do CDI”, pontuou.
“Diferentemente do mercado lá fora de fundos de renda fixa, aqui no Brasil o investidor tem mais esse perfil conservador, e está acostumado a esses fundos rendendo mais próximo do CDI, sem grandes chacoalhadas”, explicou.
Volatilidade
“Quando se olha os spreads hoje, com esse patamar de juros ainda elevado, com algumas incertezas e volatilidade ao redor do mundo, o risco acaba sendo diferente nos setores [do mercado de capitais]. É o que vemos nesse momento”, comentou.
Continua depois da publicidade
Clara Sodré considera que, em meio à reprecificação dos juros, o fluxo deve impulsionar as carteiras de fundo de crédito.
“Temos uma perspectiva mais otimista para aqueles fundos de crédito mais estruturado, tanto pela garantia quando pelo patamar de juros ainda elevados e os seus spreads”, acrescentou.