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SÃO PAULO –A caderneta de poupança terminou 2018 com um saldo de R$ 797 bilhões, de acordo com informações do Banco Central. Foram R$ 2,252 trilhões em depósitos e R$ 2,214 trilhões em retiradas no ano passado, o que resultou em uma captação líquida de R$ 38 bilhões.
O fato de uma aplicação que não oferece vantagens crescer quase R$ 40 bilhões em um ano é no mínimo curioso e levanta a dúvida: por que a poupança ainda atrai tantos investidores mesmo com um retorno tão baixo?
A explicação, segundo especialistas, é cultural e esbarra na falta de conhecimento financeiro do brasileiro. Quem tem dinheiro na poupança costuma justificar com supostas vantagens. “Invisto porque é mais seguro” dizem alguns. “Posso tirar meu dinheiro a qualquer hora”, falam outros.
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Mas estes argumentos são facilmente desarmados. A segurança do ponto de vista do risco de crédito pode ser comparada a CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), por exemplo.
Isso porque a poupança tem a mesma garantia destas aplicações: em caso de calote do banco emissor, o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) funciona como um seguro para aplicações de até R$ 250 mil. Invista nos melhores produtos de renda fixa: abra sua conta gratuita na XP!
Sem falar que outro concorrente direto da caderneta, o Tesouro Selic, é considerado o título mais seguro do país – afinal, sua garantia de crédito vem do Governo Federal, o melhor dos pagadores.
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Já a liquidez é uma ‘falsa verdade’. Ao mesmo tempo que a caderneta permite retiradas a qualquer momento, ela também tem um sistema que penaliza o investidor que precisa fazer saques com urgência.
Os depósitos da poupança possuem data de aniversário. Isso quer dizer que a aplicação só tem o rendimento creditado 30 dias depois do depósito, e sempre de 30 em 30 dias.
Então digamos que você deposite R$ 100 mil e resolva tirar daqui a 29 dias. Você vai conseguir sacar? Vai. Porém, não receberá um único centavo pelo dinheiro que deixou 29 dias nas mãos no banco. Ruim, não é mesmo?
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A verdade é que a força que os grandes bancos ainda exercem sobre seus clientes faz com que eles enxerguem naquelas instituições a única opção segura para confiar suas economias. O que não poderia deixar de estar mais errado.
As alternativas
O Brasil tem bons produtos de renda fixa que podem substituir muito bem a caderneta de poupança. Tanto o CDB quanto o Tesouro Direto, por exemplo, são ótimas aplicações para quem está começando.
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“O Tesouro Direto é um produto muito democrático. O investidor pode começar com o Tesouro Selic, que é mais conservador, não tem volatilidade – ou seja, ele não corre risco de perder parte do dinheiro que aplicou”, diz o assessor de investimentos Jorge Luis Prado, da Sal Investimentos.
O educador financeiro André Massaro concorda. “Em qualquer situação a rentabilidade do Tesouro Selic bate a poupança – seja com a Selic alta ou baixa. E este título ainda tem um nível de segurança maior, já que estamos falando do aval do governo”, diz.
O CDB é outra aplicação bem mais rentável e que pode oferecer liquidez diária – mas só invista naqueles que paguem ao menos 100% do CDI. Neste caso, segurança é a mesma da caderneta, já que as duas aplicações são garantidas pelo FGC.
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Para investir nestes produtos o ideal é que você tenha conta em uma corretora de valores. Isso porque as corretoras oferecem aplicações de vários emissores diferentes, com rentabilidades bem mais atrativas do que aquela que você encontra nos bancos de varejo.
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