As 5 piores aplicações financeiras para 2019

Investidor precisa estar atento a questões como altas taxas de administração, baixa rentabilidade ou simplesmente por ganhos que podem ser 'engolidos' pela inflação

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Ainda que os juros nominais estejam bem baixos (a Selic está em 6,5% ao ano – menor taxa histórica) – a taxa de juro real (descontada a inflação) ainda é muito alta no país, o que mantém a renda fixa como uma boa opção para os investidores, em especial os mais conservadores.

São diversas as aplicações, que variam de fundos de renda fixa a títulos públicos, CDBs, LCAs, LCIs, CRIs, CRAs, debêntures etc. É preciso, porém, tomar cuidado com algumas “ciladas”, ou seja, opções que até parecem interessantes, mas que no fundo podem ser uma cilada para o seu bolso.

Antes de investir, lembre-se que é fundamental organizar uma carteira de investimentos diversificada e voltada para o seu perfil de investidor, alinhando risco a prazo e objetivos.

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No programa “Como Viver de Renda Fixa” desta semana, o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech, trouxe as cinco aplicações de investimentos que ele considera uma furada para o próximo ano, seja pelas altas taxas de administração, baixa rentabilidade ou simplesmente pelos ganhos serem ‘engolidos’ pela inflação. Confira:

1. FGTS

Indech explica que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) possui um rendimento de 3% ao ano + TR (taxa referencial). “O brasileiro é prejudicado por não ter mobilidade com esses recursos. Além disso, a rentabilidade é muito ruim, abaixo da inflação anual”, diz.

O analista conta que nos últimos 20 anos, apenas 2017, teve IPCA abaixo de 3%, em 2,95%. Nos demais, os ganhos do FGTS perderam para o IPCA. Para este ano, a expectativa é que a inflação feche entre 3,6% e 3,8%. 

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2. Poupança

A queridinha dos brasileiros, a poupança, é considerada um dos piores investimentos, principalmente por render 70% da taxa Selic mais o valor da TR, e menos que a inflação.

Atualmente, o rendimento da caderneta está em 0,37% ao mês (por conta da taxa de juros estar estável em 6,5% a.a.). Para os próximos meses, é estimado que ela continue com a mesma rentabilidade, visto que o mercado espera a manutenção da Selic pelo menos no primeiro semestre de 2019.

Segundo Indech, em 2018 o IPCA  (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar em 4,6%, enquanto em 2019 deve cair para 4,4% ou 4,5% – caso a Selic se mantenha.

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Para se ter uma ideia, se o investidor tivesse comprado um CDB com rentabilidade de 115% do CDI e vencimento de 1 ano, teria ganho 7,5% (bruto) – 3 p.p. acima da poupança.

3. CDBs com rentabilidade de até 85% do CDI

Indech explica que os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são ótimos investimentos, mas que o investidor precisa se atentar às rentabilidades oferecidas. Segundo ele, CDBs que pagam entre 70 e 85% do CDI são péssimas escolhas; o recomendado é buscar acima de 100% do CDI.

Em plataformas de corretoras de investimentos independentes, por exemplo, é possível encontrar opções que pagam até 118% do CDI. É o caso da Rico, que além disso não cobra NADA para você investir em renda fixa – clique aqui e abra uma conta gratuita!

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4. Fundos de renda fixa com altas taxas de administração

Os fundos de renda fixa são uma opção interessante para quem quer acessar bons investimentos em renda fixa com a ajuda da expertise de um gestor. É preciso, porém, ficar atento às taxas de administração cobradas.

Considerando que a taxa Selic está em 6,5% ao ano, se o fundo cobra uma taxa de 3% a.a., o investidor já começa o ano com a aplicação rendendo apenas 3,5%. Além disso, com a inflação em 4% ao ano, o dinheiro aplicado vai render menos que a inflação. “Para ter uma boa rentabilidade, o fundo de renda fixa precisa ter uma taxa de administração de 0,5% ao ano ou menor”, diz.

5. Fundos de previdência privada com taxas excessivas

O investidor precisa ficar atento também aos fundos de previdência que cobram taxas altas e excessivas, como taxas de administração, de carregamento, de entrada, de saída etc. “São informações muito importantes para a rentabilidade de suas aplicações financeiras, não só para 2019, mas para toda a sua vida de investidor”, diz.

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Indech traz ainda alguns dados que ilustram a indústria de fundos de previdência no país. Ele explica que dois dos maiores fundos de renda fixa do mercado em termos de previdência cobram taxas de 1,25% e 1,5% para uma gestão passiva, ou seja, em que os gestores não buscam ativos mais rentáveis ou oportunidades que possam agregar à rentabilidade da carteira.

Além disso, esses dois fundos têm juntos, um patrimônio de R$ 92 bilhões e oferecem um rendimento de 90% do CDI. Em outras palavras, o brasileiro está perdendo uma série de oportunidades por deixar o dinheiro parado em fundos que rendem pouco e que não são ativos e flexíveis às mudanças econômicas. 

Tem dúvidas sobre renda fixa? Ela pode ser respondida ao vivo. Mande a sua pergunta para o nosso e-mail: duvidaimtv@infomoney.com.br

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