Regulador dos EUA joga banho de água fria em investidor de Bitcoin e adia decisão sobre ETF

Criptomoeda, porém, não reagiu mal à notícia; entenda

Paulo Barros

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A Securities and Exchange Comission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) adiou a decisão sobre a aprovação do pedido de listagem do ARK 21Shares Bitcoin ETF, atrasando mais uma vez a chegada de um fundo de índice nos EUA com exposição direta ao Bitcoin (BTC).

O pedido havia sido proposto pela gestora Ark Invest em abril, e os reguladores tinham até domingo (13) para dizer se aprovariam, rejeitariam ou atrasariam a decisão. Após o pedido de adiamento, a SEC ainda pode seguir estendendo o prazo de apreciação final do produto até completarem 240 dias desde a apresentação.

Isso significa que a SEC poderá demorar até 10 de janeiro de 2024 para responder sobre o ETF da Ark, e até março de 2024 sobre os demais atualmente em análise — incluindo um da BlackRock.

Um ETF de Bitcoin “à vista” é aguardado por entusiastas da criptomoeda há anos. Eles argumentam que um veículo como esse tornaria o investimento em Bitcoin mais acessível ao varejo, e ajudaria a aproximar o setor dos ativos digitais dos mercados financeiros tradicionais.

Por outro lado, os reguladores citaram, em pedidos passados, preocupações com fraude e manipulação de preços como razões para negativas.

O adiamento da decisão da SEC não afeta negativamente o preço do Bitcoin nesta sexta-feira (11). A criptomoeda opera em leve queda de 0,3%, a cerca de US$ 29.300.

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Um dos motivos, segundo analistas, pode ser a expectativa de que o atraso esteja ligado à possibilidade de uma aprovação em massa de ETFs de Bitcoin no país.

A SEC analisa atualmente uma série de pedidos similares, em corrida iniciada após a apresentação do produto da BlackRock, que tem um histórico quase perfeito de aprovações junto ao regulador do mercado de capitais norte-americano.

Cathie Wood, fundadora, CEO e CIO da Ark Invest, disse recentemente que espera que o regulador aprove todos os pedidos de uma só vez.

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(Com Bloomberg)

Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas