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A esperada recuperação dos fundos imobiliários de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis – deve demorar mais tempo do que o previsto, sinaliza o relatório Onde Investir 2023, divulgado nesta quinta-feira (8), pela XP.
Essa classe de FIIs teve nos últimos anos as receitas comprometidas pelas restrições impostas durante a pandemia da Covid-19, especialmente as carteiras voltadas para shoppings e escritórios, que tiveram de reduzir a circulação de pessoas no período.
A elevação da taxa básica de juros da economia, a Selic, que saiu de 2% no início de 2021 para os atuais 13,75% ao ano, também ajudou na desvalorização dos FIIs de “tijolo”. Quanto mais alto o indicador, mais rentável se torna a renda fixa – que acaba atraindo os investidores da renda variável e dos fundos imobiliários.
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A estabilização da Selic no meio do ano até sinalizou uma retomada dos FIIs de “tijolo”, que em agosto chegaram a subir, em média, 11%. No entanto, preocupações com o equilíbrio fiscal do País voltaram a elevar os juros futuros e derrubaram o mercado de fundos imobiliários em novembro – pio mês para o segmento desde o início da pandemia, em março de 2020.
“Os fundos de ‘tijolo’ acabam potencialmente sofrendo mais [com a expectativa de juros maiores], fazendo com que a expectativa de retomada do segmento, que estava em curso, possa ser postergada”, avalia Maria Fernanda Violatti, analista de FIIs da XP.
Pensando já em 2023, ela afirma que o cenário atual favorece mais os FIIs de “papel”, que investem em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário), que acompanha a Selic.
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“O cenário projetado para 2023 tende a ser mais favorável para os fundos imobiliários de “papel” e os Fiagros, que são indexados ao CDI e ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)”, confirma Maria Fernanda. “Portanto, esperamos que esses fundos mantenham pagamento de dividendos em níveis atrativos no próximo ano”, prevê.
Leia também:
Ifix hoje
Na sessão desta quinta-feira (8), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou em queda de 0,46%, aos 2.862 pontos. Confira os demais destaques do dia.
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Maiores altas desta quinta-feira (8):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
CVBI11 | VBI CRI | Títulos e Val. Mob. | 1,72 |
PLCR11 | Plural Recebíveis Imobiliários | Híbrido | 1,16 |
SPTW11 | SP Downtown | Lajes Corporativas | 0,9 |
XPCI11 | XP Crédito Imobiliário | Títulos e Val. Mob. | 0,76 |
HGRU11 | CSHG Renda Urbana | Renda Urbana | 0,65 |
Maiores baixas desta quinta-feira (8):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
XPPR11 | XP Properties | Lajes Corporativas | -7,53 |
PATL11 | Pátria Logística | Logística | -2,98 |
VIFI11 | Vinci Instrumentos Financeiros | Títulos e Val. Mob. | -2,08 |
RCRB11 | Rio Bravo Renda Corporativa | Lajes Corporativas | -2,08 |
HGFF11 | CSHG FoF | FoF | -1,96 |
Fonte: B3
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HGRE11 e XPPR11 acertam venda de imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro
O FII CSHG Real Estate acertou a venda de oito conjuntos do condomínio Edifício Rio Sul Center, em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O valor da transação ficou em R$ 25,7 milhões.
De acordo com comunicado ao mercado, os espaços representam uma área bruta locável (ABL) de 1.717 metros quadrados, incluindo as respectivas vagas de garagem atribuídas para cada conjunto.
Ainda segundo o texto, o fundo continuará recebendo as receitas de aluguel dos imóveis até que a escritura de venda e compra seja assinada.
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Os demais termos e condições do negócio bem como os impactos nas receitas do fundo serão detalhados somente após a conclusão da transação.
Já o FII XP Properties fechou a venda de dois conjuntos integrantes do edifício Santa Catarina, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Pelos espaços – que representam uma ABL de 1.032 metros quadrados –, o fundo receberá R$ 19,3 milhões, montante 0,3% superior ao valor investido nos imóveis e 5,5% acima do valor contábil dos locais.
A transação, de acordo com a equipe de gestão, gerará um ganho de capital estimado em R$ 0,01 por cota.
Os gestores explicam ainda que o recurso da transação será usado na amortização de parte do preço de aquisição de 40% do edifício Faria Lima Plaza, também localizado em São Paulo.
Dividendos hoje
Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta quinta-feira (8):
Ticker | Fundo | Rendimento |
CACR11 | CARTESIA RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS | R$ 1,42 |
GGRC11 | GGR COVEPI RENDA | R$ 1,02 |
RBLG11 | RB CAPITAL LOGÍSTICO | R$ 0,88 |
VTLT11 | VOTORANTIM LOGÍSTICA | R$ 0,83 |
AIEC11 | AUTONOMY EDIFÍCIOS CORPORATIVOS | R$ 0,75 |
VSHO11 | VOTORANTIM SHOPPING | R$ 0,68 |
PATL11 | PÁTRIA LOGÍSTICA | R$ 0,58 |
FVPQ11 | VIA PARQUE SHOPPING – | R$ 0,55 |
[ativo=TGAR15] | TG ATIVO REAL | R$ 0,47 |
QAGR11 | QUASAR | R$ 0,41 |
PATC11 | PÁTRIA EDIFÍCIOS CORPORATIVOS | R$ 0,28 |
NVHO11 | NOVO HORIZONTE | R$ 0,08 |
RBVO11 | RIO BRAVO CRÉDITO IMOBILIÁRIO II | R$ 0,02 |
Fonte: InfoMoney
Giro Imobiliário: Copom mantém Selic em 13,75% ao ano; Suno lança FII focado em energia limpa
Banco Central mantém Selic em 13,75% ao ano e destaca incertezas no âmbito fiscal
Em sua última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75%. Pelo terceiro encontro consecutiva, a autoridade optou por não mexer nos juros. A decisão foi unânime.
Na reunião do dia 21 de setembro, o Copom interrompeu um ciclo de 12 altas seguidas na Selic, iniciado em março do ano passado.
“O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e de 2024”, explicou o colegiado, no texto que acompanha a decisão.
Os analistas e economistas já previam que a taxa Selic fosse mantida no atual patamar, na reunião desta quarta-feira (7). De acordo com uma pesquisa da Reuters, 31 dos 32 economistas consultados esperavam continuidade da taxa básica de juros no mesmo nível.
Com a decisão, o BC manteve a Selic a um patamar 11,75 pontos acima da mínima histórica de 2% ao ano, atingida em meio à pandemia de Covid-19 e que vigorou até março do ano passado. A taxa básica segue no nível mais alto desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.
Suno lança fundo imobiliário focado em energia limpa
A Suno Asset, gestora de recursos do Grupo Suno, anunciou o lançamento do primeiro fundo imobiliário – aberto a investidores pessoas físicas – focado em projetos de energia limpa.
De acordo com a empresa, o FII terá o código SNEL11 e já está em período de reservas de cotas, que vai até o dia 19 de dezembro de 2022.
O objetivo da Suno Asset é captar, nesta rodada inicial, até R$ 500 milhões. O montante será usado para investir em projetos de energia solares (fotovoltaicos) ao longo de 2023.
“Essa é a primeira vez que um investidor pessoa física terá acesso a um veículo como esse”, destaca comunicado da gestora. “fundos ancorados em teses de energia renovável são comumente acessados de forma exclusiva por investidores qualificados ou profissionais”, completa o texto.
O SNEL11, explica o comunicado, distribuirá rendimentos mensalmente, a partir da receita gerado pela venda da energia solar, após período de desenvolvimento dos projetos – que pode levar até 18 meses.
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