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SÃO PAULO – O número de reclamações de investidores junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) referentes ao home broker caiu 54,08% entre 2009 e 2010, de acordo com levantamento divulgado pela entidade na segunda-feira (14).
Segundo a CVM, no ano passado, foram registradas 45 reclamações sobre a utlização da ferramenta, que equivalem a 5,32% do total de ocorrências, enquanto em 2009 foram 98 registros (equivalente a 9,8% do total de reclamações e denúncias na época).
Para o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, José Alexandre Vasco, a diminuição do número de investidores insatisfeitos aconteceu devido à melhora na própria ferramenta de ordens pela internet e também por uma melhor compreensão dos clientes em relação ao home broker.
“Acreditamos que tenha havido uma conjunção desses dois fatores: o melhor conhecimento dos usuários em relação à ferramenta e, principalmente, um investimento e uma melhoria no padrão de qualidade desses serviços, ainda que continue existindo problemas”, aponta Vasco.
Segundo semestre
No segundo semestre de 2010, a CVM registrou 19 reclamações que se referiam ao home broker. Neste período, o maior número de insatisfação de investidores não se referiu às operações com a ferramenta, mas sim à negociação de ações por meio das corretoras, que atingiu 73 registros.
“Nesse caso, o investidor reclamou que a ordem não foi cumprida, que foi cumprida com erro, ou que aquela não era uma ordem dele”, diz Vasco.
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Ainda no segundo semestre, foram abertos 25 processos contra os agentes autônomos.“Tiveram várias alegações. Alegações de gestão de carteira, de aconselhamento (geralmente de atuação indevida) ou alguma reclamação que surge, geralmente, quando o investidor tem perdas”, ressalta o superintendente da CVM.
A entidade também registrou 15 processos de operações irregulares e 28 processos de corretoras e distribuidoras. “Neste caso a reclamação tem a ver com o serviço da corretora, com o atendimento, muitas vezes com questões administrativas, como problemas de cadastro, ou um desentendimento entre o investidor e a corretora”, afirma Vasco.