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Real por dólar? Brasileiro perde interesse pela Bolsa, e busca mais opções lá fora

Resultados ruins do Ibovespa abalaram busca do investidor pela Bolsa brasileira, enquanto apetite por aplicação internacional aumentou, mostra levantamento da XP com rede de assessores

Equipe InfoMoney

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O fechamento do Ibovespa em terreno negativo por dois meses consecutivos foi o suficiente para deteriorar o interesse dos brasileiros pela alocação em ações. Em maio, a busca pela classe de ativos foi de 39%, 11 pontos percentuais a menos que em abril, e 20 p.p. abaixo do registrado em março, segundo nova pesquisa da XP com sua rede de assessores.

Com a queda do apelo da Bolsa brasileira, o interesse por ações locais já se aproxima da busca por abertura ou aumento de posições em aplicações internacionais, que cresceu no último mês. A pesquisa mostra que os ativos estrangeiros passaram a atrair a atenção de 31% dos clientes da rede de escritórios da XP, ante 28% no levantamento de abril.

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O topo da preferência, no entanto, não mudou. A renda fixa ainda domina a preferência dos clientes dos escritórios vinculados à XP, com 68% das menções, um aumento de 9 p.p. em relação a abril. Fundos de renda fixa também são destaque, com 51% do interesse dos clientes, crescimento de 10 p.p. na comparação com o mês anterior.

Os fundos imobiliários também seguem bem posicionados, com 59% de investidores cogitando abrir ou incrementar posições. A classe, porém, registrou o maior declínio no interesse, com queda de 13p.p. em relação a abril.

Bolsa em baixa

O recuo do interesse por ações locais vem na esteira de queda do otimismo dos assessores XP em relação ao desempenho da Bolsa brasileira, com o indicador de sentimento, que vai de 0 a 10, caindo de 6,9 no mês de abril, para 6,2 em maio.

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A maioria (39%) dos assessores indicou que o Ibovespa deverá encerrar 2024 entre 130 mil e 140 mil pontos. A média das respostas aponta para uma pontuação de 131 mil ao fim do ano, abaixo das estimativas de 134 mil pontos registrada em abril, e dos 138 mil pontos de março.

Entre os fatores que podem destravar o apetite por risco dos investidores, os assessores apontaram dois principais impulsionadores: (51%) corte de juros nos EUA e (49%) redução dos riscos político-fiscais no Brasil (os assessores podiam escolher mais de uma opção).

Já os riscos fiscais no Brasil foram apontados como maior fator de ameaça às ações brasileiras, com 51% das respostas.

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Refletindo o cenário de maior cautela, os investidores atualmente posicionados em ações demonstram apetite para alocar em três setores considerados defensivos: financeiro (61%), elétricas & saneamento (57%) e petróleo e gás (55%).