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Assim como esperado pela maior parte dos investidores locais, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu aumentar a taxa básica de juros em 25 pontos-base para 10,75% ao ano nesta quarta-feira (18).
Como o nível da Selic tende a influenciar o rendimento das aplicações financeiras, especialmente os investimentos de renda fixa, vale conferir quanto rende o dinheiro alocado nos tradicionais títulos disponíveis no mercado brasileiro.
Veja a resposta segundo cálculos elaborados pelo time de análise de renda fixa da XP:
Poupança
Com a Selic em 10,75% ao ano, a poupança fica novamente no fim da fila na comparação com investimentos de renda fixa. Com essa taxa, uma aplicação de R$ 10 mil na caderneta se transformaria em R$ 10.706,30 um ano depois. Em cinco anos, a modalidade faria os R$ 10 mil virarem R$ 13.987,10.
Atualmente, a poupança paga 0,5% ao mês – ou 6,17% ao ano – mais a variação da TR (Taxa Referencial). A forma de cálculo só mudará quando a Selic cair para menos de 8,5% ao ano, quando a poupança passa a render 70% da Selic mais TR.
Tesouro Selic
No Tesouro Direto, uma aplicação de R$ 10 mil no Tesouro Selic 2029 atingiria R$ 10.869,99 após um ano de aplicação já descontando taxas e impostos. Após três anos, o mesmo valor geraria R$ 12.947,35 e, em cinco anos, o valor aplicado na simulação bateria R$ 15.505,768.
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LCI e LCA
Investidores têm fugido das LCIs e das LCAs desde o anúncio de restrições do governo para os papéis. As letras, porém, superam a rentabilidade da poupança e do Tesouro Selic em cinco anos. No final do período, de acordo com a simulação da XP, o investidor transformaria R$ 10 mil em R$ 15.717,59.
CDB
Os CDBs são as opções mais rentáveis entre os tradicionais produtos de renda fixa. Os certificados podem transformar R$ 10 mil em R$ R$ 10.967,31 após um ano de aplicação, valor que alcançaria R$ 12.114,77 em dois anos e, em três, chegaria a R$ 13.291,72 já descontando o Imposto de Renda. Em cinco, o montante chegaria a R$ 16.199,57.
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O que levar em conta antes de investir
Ativos de renda fixa como esses podem ser encontrados nas plataformas de investimento, mas é importante levar em conta fatores como:
- Liquidez: não é diária para CDBs, LCIs e LCAs
- Rentabilidade: em geral, quanto maiores as maiores taxas, maiores são os riscos de crédito das instituições emissoras
- Cobertura pelo FGC: as aplicações em CDB, LCI, LCA e poupança são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), espécie de “seguro” que devolve ao investidor até R$ 250 mil em caso de problemas com o emissor, como uma intervenção do Banco Central. Os títulos públicos não contam com essa proteção, mas são considerados “livres de risco” porque são emitidos pelo governo federal.