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Enquanto o mercado tenta prever os próximos movimentos da taxa básica de juros, a rentabilidade dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) prefixados, atrelados à inflação e pós-fixados caminham em direções diferentes.
É o que mostrou um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney. O estudo monitorou 452 ativos emitidos entre 18 e 31 de julho. A comparação com a quinzena anterior mostra que a rentabilidade dos prefixados mais longos subiu, enquanto os papéis atrelados à inflação com vencimento no longo prazo passaram a oferecer rentabilidade menor.
A taxa média dos prefixados com vencimento a partir de 36 meses subiu de 10,71% na leitura anterior para 11,23% na última quinzena analisada. Já a rentabilidade média dos papéis para 24 meses saiu de 10,55% para 10,77%.
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Os juros de títulos curtos seguiram a tendência de queda observada há meses. Os papéis com vencimento em três meses pagavam, em média, 13,18% ao ano de 18 e 31 de julho contra 13,24% no início do mês passado. Já a rentabilidade dos papéis 12 meses caiu de 11,92% para 11,67%.
Rodrigo Caetano, analista da Toro Investimentos, classifica o movimento misto nas taxas dos prefixados como “natural”, uma vez que “tivemos um movimento misto na curva de juros futuros em julho, com vértices mais curtos apresentando fechamento (queda), enquanto nos vértices mais longos o movimento foi de abertura”.
O número de emissões de CDBs prefixados caiu de 112 na quinzena anterior para 92 no levantamento mais recente.
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Retornos de CDBs prefixados (18 a 31/jul) | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | PREFIXADO | 12,80% | 13,18% | 13,65% | 21 | Banco ABC Brasil |
6 | PREFIXADO | 11,90% | 12,66% | 13,25% | 37 | Banco Daycoval |
12 | PREFIXADO | 10,90% | 11,67% | 12,16% | 23 | Banco Daycoval |
24 | PREFIXADO | 10,45% | 10,77% | 11,00% | 7 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | PREFIXADO | 10,50% | 11,23% | 12,83% | 4 | Agibank |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda
CDBs atrelados à inflação
Nos títulos bancários ligados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o movimento das taxas também foi misto: enquanto a rentabilidade dos papéis mais longos caiu, os juros de títulos de médio prazo subiram.
A taxa média dos papéis para 36 meses caiu de 6,07% para 5,96%. A taxa mínima para o período foi de 4,4% e máxima de 6,35%.
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Para Caetano, as taxas seguem atrativas na comparação com os títulos públicos, mas ele pondera que “é muito importante que o investidor tenha parcimônia ao selecionar o emissor”. Se a instituição financeira que emitiu a dívida está saudável financeiramente e o aporte não supera o limite de R$ 250 mil cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), “a alocação pode fazer sentido”, completa o especialista da Toro.
Para os títulos com vencimento em 24 meses, a rentabilidade média entre 18 e 31 de julho subiu para 6,37% – ante 6,11% na quinzena anterior. O papel com maior taxa (6,85%) foi emitido pelo Haitong Brasil.
O número de emissões de CDBs atrelados à inflação subiu de 45 para 67.
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Retornos de CDBs indexados à inflação (18 a 31/jul) | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
12 | IPCA | 7,00% | 7,00% | 7,00% | 1 | XP |
24 | IPCA | 4,80% | 6,37% | 6,85% | 48 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | IPCA | 4,40% | 5,96% | 6,35% | 18 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda
CDBs pós-fixados
Nos títulos bancários atrelados ao CDI, a tendência foi de alta nas taxas para compensar expectativa de juros mais baixos nos próximos meses. A maior taxa voltou a ser de 120% do CDI após queda para 117% na leitura anterior.
A taxa média em títulos de 24 meses subiu de 99,78% do CDI para 101,34%. Já a média de rentabilidade dos CDBs pós-fixados com prazo a partir de 36 meses avançou de 102,78% do CDI para 102,97%.
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Assim como no último levantamento, a taxa média para os títulos de seis meses foi exceção, desta vez ao cair – de 100,45% do CDI para 99,74%.
O número de emissões de CDBs pós-fixados subiu de 243 na leitura anterior para 293 na última quinzena analisada.
Retornos de CDBs indexados ao CDI (18 a 31/jul) | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | %CDI | 97,50% | 101,08% | 104,75% | 29 | BTG Pactual |
6 | %CDI | 97,50% | 99,74% | 105,00% | 50 | Banco ABC Brasil |
12 | %CDI | 90,00% | 101,34% | 120,00% | 77 | Banco Master |
24 | %CDI | 98,00% | 101,02% | 110,10% | 77 | Br Parners |
36 | %CDI | 100,00% | 102,97% | 118,00% | 60 | C6 Bank |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda
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