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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide, nesta quarta-feira (6), o novo patamar da taxa básica de juros do País. A maior parte do mercado aposta que a Selic voltará a subir, o que pode tornar os investimentos em renda fixa mais atraentes.
Os contratos de Opção de Copom na B3, que permitem a negociação da variação da taxa básica de juros, indicam uma possível alta de 0,50 ponto percentual na reunião de amanhã, o que elevaria a Selic para 11,25% ao ano.
Se esse cenário realmente se concretizar, alguns ativos vão automaticamente pagar mais, como o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros, além de CDBs e LCI/LCA pós-fixados ─ ou seja, que têm a remuneração indexada ao CDI.
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O que é CDI?
O CDI é um título de curtíssimo prazo emitido pelos bancos e sua taxa serve como baliza para os investimentos de renda fixa do país. Seu retorno costuma variar entre 0,1 e 0,2 ponto percentual abaixo da Selic. Caso o Copom decida elevar os juros para 11,25% ao ano, o CDI irá rondar os 11,15%.
Quanto rende R$ 1 milhão em CDB a 100% do CDI com Selic em 11,25%
Com a Selic em 11,25% ao ano, uma aplicação de R$ 1 milhão em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) a 100% do CDI se transformaria em R$ 1.234.396,19 brutos, e R$ 1.199.236,76 líquidos, após dois anos.
Quanto rende R$ 1 milhão em LCI e LCA a 85% do CDI com Selic em 11,25%
As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) são isentas de imposto de renda. Dessa forma, uma LCI precisa pagar cerca de 85% do CDI para oferecer remuneração equivalente a um CDB a 100% do CDI.
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Considerando um título isento com essa rentabilidade, o montante milionário evoluiria para R$ 1.197.671,29 líquidos no prazo de dois anos.
Quanto rende R$ 1 milhão em Tesouro Selic com Selic em 11,25%
O Tesouro Selic, que paga um pequeno prêmio acima da taxa básica de juros, oferece um retorno competitivo, porém mais baixo do que ativos de renda fixa que pagam 100% do CDI. Isso porque, para aplicações acima de R$ 10 mil, há cobrança de taxa de custódia pela B3, que costuma ser de 0,20% ao ano ─ e que acaba correndo parte do retorno. Em dois anos, a aplicação de R$ 1 milhão num papel como esse alcançaria um valor líquido de R$ 1.197.052,24 ─ superando apenas a poupança.
Quanto rende R$ 1 milhão na poupança com Selic em 11,25%
A remuneração da poupança depende do nível da Selic: quando ela está acima de 8,5% ao ano, como é o caso atual, a rentabilidade da caderneta é fixada em 0,5% ao mês – ou 6,17% ao ano – mais a variação da TR (Taxa Referencial).
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Desse modo, uma aplicação de R$ 1 milhão na poupança se transformaria, após dois anos, em R$ 1.144.841,38, bem abaixo do que as demais opções de renda fixa.
Confira um resumo do rendimento de R$ 1 milhão em renda fixa com a Selic em 11,25%:
Ativo* | Total com rendimento em 2 anos** |
CDB 100% do CDI | R$ 1.199.236,76 |
LCI e LCA 85% do CDI | R$ 1.197.671,29 |
Tesouro Selic | R$ 1.197.052,24 |
Poupança | R$ 1.144.841,38 |
*As simulações consideram Selic de 11,25% em estabilidade ao longo de dois anos e TR de 0,0649%
**Total líquido
Fique atento
É importante lembrar que CDB, LCI e LCA são considerados investimentos de risco bancário, mas contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), assim como a poupança. No entanto, como o limite da cobertura é de até R$ 250 mil, por CPF, não valeria para uma aplicação de R$ 1 milhão. Já o Tesouro Selic, apesar de não ter cobertura do FGC, possui risco soberano – ou seja, o risco de o país não honrar com os pagamentos.
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