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Promotores dos Estados Unidos pediram a um tribunal que revertesse a decisão de permitir que Changpeng Zhao, ex-CEO da Binance, viajasse para sua casa nos Emirados Árabes Unidos depois de se declarar culpado esta semana em um processo criminal.
Apesar da objeção do governo, um juiz dos EUA atendeu na terça-feira (21) ao pedido do multibilionário para retornar aos Emirados Árabes Unidos antes de sua sentença, prevista para ser definida pela Justiça em fevereiro. O fundador da maior exchange de criptomoedas do mundo concordou em pagar US$ 175 milhões, por meio de uma promissória e US$ 15 milhões em dinheiro, além de apresentar três pessoas como fiadoras.
Em um processo apresentado na quarta-feira (22), os promotores do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) instaram o tribunal a reconsiderar, dizendo que há um “risco substancial” de que Changpeng Zhao não volte aos EUA.
Eles citaram os “bens significativos de Zhao, seus fortes laços com os Emirados Árabes Unidos e a incapacidade do governo de extraditá-lo”. Os Emirados Árabes Unidos não têm um tratado de extradição com os EUA.
“Se Zhao decidir não enfrentar todas as consequências de sua conduta, ele poderá facilmente perder (inclusive compensando seus fiadores) mais de US$ 20 milhões e viver confortavelmente pelo resto de sua vida nos Emirados Árabes Unidos”, argumentaram os promotores.
Zhao e Binance se declararam culpados na terça-feira de violações contra lavagem de dinheiro e sanções dos EUA, fechando um acordo abrangente com o governo que permite que a exchange de criptomoedas continue operando.
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O ex-CEO pode pegar até 10 anos de prisão, mas não deve pegar mais do que 18 meses sob um acordo judicial que parece tê-lo salvado das duras penas que outros criminosos do mercado cripto enfrentaram. Zhao concordou em pagar uma multa de US$ 50 milhões e deixar o cargo de CEO.
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